31 dezembro 2006

DESEJO DE ANO NOVO

Na Europa das "liberdades" que ninguém seja incomodado ou perseguido por aquilo que escreve, pensa ou diz.
Não seria esta a melhor definição de liberdade?

30 dezembro 2006

QUEREM FAZER A CONTABILIDADE?

Depois da farsa de julgamento (um dos muitos defendidos pelos "democratas"), que o "rapaz das vacas" que vai dominando o mundo considerou como justo (não se poderá arranjar um assim, nalguma parte civilizada do mundo, para ele?), foi enforcado Saddam Hussein. Ditador é certo, durante tantos anos até do manifesto agrado dos EUA, mas que conseguiu manter aquele país na senda de alguma estabilidade e tranquilidade.
Agora que o "carrasco" foi enforcado era bom que alguém, isento, se desse ao trabalho de comparar o número de vítimas durante a totalidade da tirania de Saddam e as do número daquelas que vai custando a implementação da dita democracia que todos os dias não para de aumentar. Quem sabe se não chegaremos à conclusão que certas tiranias matam muito menos do que muitas democracias e sobretudo que certas ditaduras logram manter os países em normalidade o que aquelas manifestamente não conseguem.

Hei-de crer na justiça internacional quando vir o Sr. Bush com a corda ao pescoço a subir ao cadafalso e rodeado de algozes...

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29 dezembro 2006

MANUTENÇÃO NA COLUNA DA DIREITA-4

Acrescento hoje à coluna da direita dois espaços de informação altamente recomendáveis. O Action Report de David Irving onde se dá conta da actividade daquele historiador britânico e o Projecto Grifo, interessante iniciativa de alguns amigos.

28 dezembro 2006

PALAVRAS NECESSÁRIAS

Desde o passado dia 22 do corrente que, dando cumprimento ao meu pedido de demissão oportunamente transmitido ao Presidente José Pinto Coelho, deixei de ser Secretário-Geral do PNR (não deixei de ser, todavia, membro do Conselho Nacional e naturalmente militante).
Porque não me agradam processos vagamente estalinistas em que as fotografias aparecem e desaparecem sem uma qualquer explicação, tal como aquela que ilustra este postal em que Nikolai Yezhov, chefe da polícia secreta soviética pura e simplesmente desaparece, entendo ser meu dever clarificar as razões que motivaram a minha decisão, sendo certo que, como reconhecerão todos quantos me conhecem não é meu timbre abandonar barcos, nem em plena navegação ou prestes a afundamento.
São várias as razões que determinam uma decisão como a presente e, no caso vertente, longamente maturadas.
Não quero, porém, antes de as referenciar deixar de louvar as palavras do Presidente que, no decurso do Conselho Nacional, ao explicar a minha demissão vincou a solidez do meu carácter em todo este processo. Agradeço-lhe, naturalmente, a justiça que me fez.
São basicamente duas as razões do meu afastamento daquele lugar. Umas de natureza, chamemos-lhe táctica. Não posso corresponder (como aliás sempre por mim foi assumido antes mesmo de aceitar o lugar) cabalmente ao que de mim exigiria, por outro lado os afazeres do Presidente impedem-no, como assumido pelo próprio a priori, de me manter a par das decisões e rumos do partido e de para os mesmos me consultar com regularidade. Não fazia, pois, sentido qualquer figura decorativa na direcção (muito menos a minha que não se presta para o efeito) para um lugar que por muitos será, seguramente, apetecido.
As outras de ordem estratégica. muito que, contrariamente à posição por mim defendida, o PNR deixou de ser uma plataforma de ampla coexistência Nacionalista que sempre sustentei. Determinados interesses que sustentam os actuais órgãos nacionais assim o determinam, são as opções de cada um, mas que não contam com o meu aval. Não me restava senão sair, deixando assim livre de crítica rumos que não subscrevo e não criando eventuais embaraços ao Presidente na minha sustentação. A um partido (naturalmente sem entrar no domínio do esgoto onde rastejam os demais) exigem-se responsabilidades e não atitudes sectárias e inibidoras de convergências. Sempre foi essa a minha ideia de um partido Nacionalista pois para a defesa intransigente de ideologias há outras barricadas mais apropriadas, das quais eventualmente, nunca me devia ter movido...

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26 dezembro 2006

FICÇÃO E REALIDADE...

Ficção e realidade... ou postal de pós-Natal.
A imagem que o ilusionista Sócrates deu do nosso País, como é seu hábito, na sua recente alocução de Natal está tão distante da realidade como o do negócio da distribuição do gás...
É o que se pode chamar de - à semelhança da campanha da Galp - governação enganosa...

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22 dezembro 2006

...OU A FALTA DELES....

Tirando um caso que me ocorre (ele sabe quem é e que aqui não enunciarei por motivos óbvios) enoja-me neste mundo dos blogs a existência de lindos e por vezes pomposos nomes/pseudónimos (ou nicks) a coberto dos quais se escondem os autores dos ditos. Raramente existe uma boa justificação para tal procedimento. Desses campeões que falam de cátedra a coberto do anonimato, alguns até se dão ao direito de suspeitarem e atacarem aqueles que, contrariamente aos próprios, sempre assinam com o seu nome.
É apenas uma questão de tomates, ou da falta deles...


As carapuças enfie-as quem quiser...

YULE

(Hoje entrou...Aqui fica, pois.)

21 dezembro 2006

A MAIS LONGA NOITE DO ANO

O frio sentido nos últimos dias já o anunciava. De hoje para amanhã com a festa de Yule, celebração do solstício, chega o Inverno. Aqui vos deixo os meus sinceros votos para esta data que, como podem verificar pela proximidade no calendário foi aproveitada para celebrar o nascimento de quem bem sabem... Na altura a religião ancestral, vítima de uma verdadeira cruzada contra si, ainda tinha muita força na Europa e era necessário não afrontar em demasia as crenças dos povos europeus.
Um feliz solstício!
(Tentei, tentei e tentei, mas o "Blogger" não me permitiu fazer o upload da imagem que tinha preparado. Quem sabe amanhã os deuses serão mais propícios...)

RELENDO OS CLÁSSICOS...

A leitura dos clássicos é sempre um exercício estimulante. Nunca me paro de surpreender com a modernidade que encerram e sobretudo com a permanente actualidade. No livro VIII da República, Platão alertava-nos:
A República é um regime político que não o é. Não é apenas o reino dos indivíduos fazendo tudo ao seu modo, é o desabamento das relações que estruturam a sociedade humana: os governantes aparentam ser governados e vice-versa, o pai acostuma-se a tratar o seu filho como igual, os estrangeiros pretendem-se iguals aos cidadãos, o professor teme e elogia os alunos que por sua vez dele troçam, os jovens igualam-se aos velhos e ps velhos disfarçam-se de jovens, até os animais são livres e cavalos e burros, conscientes da sua liberdade e dignidade, atropelam na rua os que lhe não cedem passagem.
Notável não? Leiam os clássicos que vale sempre a pena.

20 dezembro 2006

MANUTENÇÃO NA COLUNA DA DIREITA-3

Um local de resistentes à Nova Ordem Mundial Voxnr.
Um Comité de Ajuda aos Prisioneiros Políticos Europeus CEPE
O aguardado regresso do Rodrigo com a sua Vontade
Um blog desconcertante para as mentes mais dogmáticas e alinhadas Admirável Mundo Novo (não se aflijam que não concordo com numerosíssimas coisas que lá estão).

19 dezembro 2006

À LAIA DE INTRODUÇÃO AO TEMA DO REVISIONISMO

À laia de Introdução

A História é a versão do passado sobre a qual as pessoas concordaram
Napoleão Bonaparte

Conceito:
Revisionismo – tendência para rever as bases de uma doutrina ou sistema. Pode referir-se ao reexame de acontecimentos históricos passados de modo a questionar o saber convencional e apurar o que realmente ocorreu durante um determinado momento histórico. No domínio da historiografia o revisionismo histórico será entendível como um exame hipercrítico dos factos históricos, assumindo-se que a história tradicionalmente contada poderá não ser inteiramente rigorosa.


Todo o historiador, sempre descontente com o estado da “verdade” que lhe é apresentada e produto do seu tempo, deve ser por definição um revisionista. A História é, nas suas conclusões, sempre subjectiva, nenhum de nós por maior isenção que busque a consegue na plenitude. Para ilustrar esta dificuldade recorro sempre a um exemplo propositadamente simples; diferentes fotógrafos ao registar um determinado acontecimento histórico tenderão a optar por ângulos ou enquadramentos diversos que condicionarão a interpretação futura que de tais imagens se possa fazer. Se isso acontece com uma simples – e tendencialmente objectiva – fotografia, quanto mais com o escrito resultado da elaboração de um historiador impregnada dos seus conceitos, anseios, bagagem (filosófica, estética, cultural, religiosa, etc.) e naturalmente desacertos. Mas como uma vez afirmou Ionesco nem sempre a realidade é realista. Embora mantendo em mente a definição de objecto da História proposto por Leopold von Ranke, no já distante século XIX, de que o seu objecto “é dar os acontecimentos do passado como eles na realidade se passaram” os historiadores, como dizia Braudel refutando a crítica dos filósofos aos historiadores de que nem sempre sabem ao certo a História que fazem, respondia “Pensamos, entretanto ser preferível não sabermos ao certo a História que fazemos e fazermos História do que sabermos muito bem a História que faríamos, mas que nunca chegamos a fazer…”[1]. O conceito de revisionismo histórico é pois inerente à condição de historiador, é no fundo a essência da história em permanente construção, senão para que escreveriam sucessivos historiadores de sucessivas gerações sobre um mesmo tema? Qualquer historiador que se não sinta, perante um dado acontecimento histórico de uma área de que goste ou sobre a qual possua uma informação mais do que a essencial, um potencial revisionista terá, garantidamente, errado no seu mester.

Pessoalmente assumo a minha postura revisionista e já dela fiz uso, diversas vezes, para a análise e posterior publicação de mitos da história pátria que, a meu ver, se não encontravam devidamente posicionados no panorama historiográfico nacional. Creio mesmo que no plano cultural se me possa associar a classificação de um dissidente. Nas minhas deambulações, ocorrem-me de imediato duas situações, a contestação de uma imagem idílica do Infante D. Pedro[2] e outra a da lusa heroicidade do navegador Fernão de Magalhães[3], em ambos casos me pareceu que a historiografia os mitificava e que tal não correspondia à minha leitura dos factos. A história é isso mesmo, a nossa leitura dos factos sujeita a um crivo, tão apertado quanto possível, que a expurgue de subjectividade excessiva, a reconstrução do passado de acordo com a nossa análise. Não haverá, assim, nenhum historiador, digno desse nome, que possa ser indiferente à reposição, ou recomposição da verdade histórica, seja ela numa grande ou pequena extensão.

Ainda recentemente a reputada historiadora espanhola, Maria Pilar del Hierro afirmava, que a busca da verdade histórica será sempre a grande questão dos historiadores. Afirmando que se deve deixar sempre uma margem razoável de dúvida antes de avalizarmos uma verdade histórica e alertando para que não esqueçamos de que mesmo os documentos podem ser falsificados. “O historiador tem de ser um céptico, deve ter presente que a todo o momento pode aparecer uma prova inédita, algo que desvirtue aquilo que tinha como sendo a verdade. Não há verdades absolutas”[4].

Lembrando, uma vez mais, Braudel, “Nada temos a opor à crítica dos documentos e materiais histórico. O espírito histórico é basicamente crítico”[5], ou concluindo, numa feliz expressão de Lucien Febvre, “o historiador não tem o direito de desertar”[6].

[1] Fernand Braudel, Écrits sur l’Histoire, Paris, Flammarion, 1969, pp. 97-122.
[2] “Uma visão crítico-polémica do Infante D. Pedro: Opção Europeia versus Opção Nacional”, Lusíada - Revista de Ciência e Cultura (Série de Relações Internacionais), nº 3, Dezembro de 1999.
[3] “A Viagem de “Circum-Navegação”. O Tratado de Saragoça e a Partilha do Oriente”, Actas do Curso de Verão “Os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa no Mundo”, Universidade Lusíada, 1996.
[4] Diário de Notícias, 8 Fev. 2005, p. 32.
[5] Fernand Braudel, História e Ciências Sociais, 2ª ed., Lisboa, Editorial Presença, 1976, p. 92.
[6] Lucien Febvre, Combats pour l’Histoire, Paris, Éditions A. Colin, 1953, p. 229.

MAIS UMA E BOA ACHEGA

Para as aventuras e desventuras de Nuno Narciso na terra de Zoroastro(esta fica para a história da blogosfera).

DESABAFO DO DIA

Confesso que me custa ver um historiador dogmático... Não nos bastavam já os Rosas & Ca.?
A busca da verdade histórica a ela se submente e a cegueira apodera-se de nós... e prevalece a ditadura do pensamento único, bem posto e a soldo sabe-se lá de que interesses...
Quando o dogma nos afecta a objectividade perde-se e até em doutorados em Engenharia se vislumbram taxistas...
É pena!

18 dezembro 2006

NA VOZ PORTALEGRENSE

REVISIONISMO

Recente e acesa polémica pelas bandas blogosféricas, sobre o revisionismo do "holocausto" levou-me a, tirando-me dos meus cuidados e demais fazaeres, começar a rabiscar um texto, que poderá revelar-se extenso e portanto será aqui publicado por partes (não necessariamente em dias ou mesmo semanas seguidas), sobre o assunto.
Não me considero, no sentido estrito, um revisionista do "holocausto" pois a minha formação, não como historiador, mas cultural mo não permite plenamente. Falta-me uma sólida base de alemão (o meu dá apenas para os gastos elementares) e de outros idiomas que, estou certo, se revelarão futuramente imprescindíveis para o apuramento da verdade, nomedamente o russo. Sem o domínio fluente desses idiomas remetemo-nos apenas a fontes secundárias, que por muito importantes que sejam, limitam sempre a análise. Mesmo assim há, sobre o tema, importantes discussões e clarificações que no plano historiográfico e filosófico podem e devem ser dadas e se impõe. E sobretudo lembrar que é sempre obrigação do historiador procurar a verdade histórica sobre os acontecimentos.

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DE MANSINHO...

"Vem aí o vinho do Porto «Kosher»" foi o título de uma notícia ontem publicada a que muitos não ligaram.
De facto parece que uma empresa belga se prepara para lançar no mercado internacional um vinho do Porto «kosher», produzido no Douro segundo as tradições judaicas, ou seja com a supervisão de qualidade e pureza feita por um rabino.
O presidente da Ladina, Manuel Azevedo, associação criada em 2004 no Porto para resgatar a herança judaica do povo português, exulta e lamentou que Portugal não aproveite o «renascimento grande» das tradições judaicas que se verifica em vários pontos do Mundo.
Manuel Azevedo referiu ainda que a Ladina está a preparar um «Guia Turístico do Portugal Judaico», esperando que o Ministério da Cultura apoie esta pubicação e a sua difusão.
Ainda precisam de esclarecimentos? Estamos certos que para esta pérola cultural os apoios não faltarão...

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16 dezembro 2006

REVISIONISMO... DE PAPÉIS E AFIRMAÇÕES

Com os agradecimentos ao Flávio Gonçalves, aqui seguem duas imagens para o revisionismo de afirmações e histórias.
Mesa com o "famoso" papel retirado e rasgado (que "até acabei por o guardar") e que afinal lá ficou em frente da cadeira vazia...

Programa que atesta que a intervenção de Nuno Rogeiro estava prevista e não resultava de uma vontade conjuntural de quem, por mero acaso, estava em Teerão naquele momento.
Duas achegas revisionistas enquanto este assunto não for elevado ao estatuto de dogma...

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15 dezembro 2006

PARA LAMENTO... OU LEMBRANDO GALILEU

Aquela rapaziada animada que, nem sempre com a desejável regularidade, se reune ali naquele casarão roubado aos frades de S. Bento aprovou ontem por unanimidade voto de condenação à conferência internacional sobre o Holocausto (com maiúscula claro está) em Teerão.
Lembram-se de Galileu, condenado pelo Santo Ofício, por ter ousado procurar a verdade ante a "verdade" estabelecida e até então inquestionável?
Afirmou lá a rapaziada que a «conferência não é só uma afronta aos judeus, é também uma afronta a todos os europeus, bem como ao mundo tolerante, democrático e civilizado». E foi nesta parte do democrático (já que os conceitos de tolerância e civilização não são lá muito tangíveis e até se pode detectar neste voto um pequeno laivozinho de um excessivo eurocentrismo a raiar a xenofobia...) que me detive. Passo a explicar. Nego o holocausto (na sua visão hollywoodesca de algo único e ímpar), não nego genocídio de, um número que importa apurar com rigor, judeus durante a 2ª Grande Guerra, nem de tantos outros de maior dimensão númerica de vítimas com que ninguém se parece importar (qual será a razão desta duplicidade de critérios, querem adivinhar?). Mas esse facto histórico deve poder ser livremente questionado e investigado como qualquer outro acontecimento histórico. E é isso que não se pode fazer na "democrática" Europa: investigar com o rigor e os meios possíveis um facto histórico que foi elevado ao estatuto de dogma e que, como apanágio destes, não pode ser discutido, só que para os dogmas de fé religiosa não há moldura penal... Para qualquer historiador sério é muito diferente saber se morreram 6 milhões ou um número eventualmente inferior ou superior. Assim se procederia em qualquer evento histórico, excepto talvez nas purgas do timoneiro Mao, nesse caso parece que mais dez milhões ou menos a coisa é tranquila...
Será esta a essência da Europa democrática? Se é ainda me arrisco a ter que pedir a cidadania iraniana...

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JURO QUE JÁ NÃO IA ESCREVER MAIS NADA...

Mas a crónica de hoje do Nuno Rogeiro de tal me impele. É certo que as quotidianas misérias não vão dando grande tema para que um esforçado cronista, nos seu múltiplos afazeres, encontre tema de merecimento para as suas muitas diversas prosas de referência nos múltiplos meios de comunicação... a verdade é que encontrá-la à custa de uma viagem que (por mistérios insondáveis) a República Islâmica do Irão lhe resolveu pagar é no mínimo deselegante, para não dizer mesmo a raiar a falta de educação. Mas a verdade é que o que teria passado na cabeça dos responsáveis dos negócios estrangeiros daquele país para fazerem tal convite? O resultado não é seguramente o esperado e o "amigo" Rogeiro vem sendo nos últimos dias (e se bem lhe conhecemos a pena a coisa ficará para durar) o principal detractor daquele país, seus responsáveis e instituições. O que vale é que na fotografia da embaixada ali para os lados das avenidas novas deve estar em alta e na Alexandre Herculano já lhe devem ter acendido uma vela, ou mesmo as sete...
Penso que os iranianos, que lhe pagaram a passeata, devem estar bem arrependidos pelo convite a um "engagé" que até foi prestar vassalagem prévia à comunidade judaica "portuguesa" (este temor e culpa reverêncial para com eles ameaça tornar-se um desagradável hábito nos nossos dias, valha-nos o Pacheco Pereira que não alinhou nos parlamentares - ou mais para lamentar -actos de contrição) para agora brindar os gentis leitores com o seu notável "Irão nazi".
À atenção das autoridades Iranianas algumas pérolas do "amigo" Rogeiro:
- O pouco dotado senhor Halmadinejad terá pensado, como me foi dito por um dos seus "estrategos", que esta era a altura para "atacar a jugular" do "estado judeu", e "começar a sua derrocada;
- O erro de cálculo foi brutal. Exposta ao ridículo e ao opróbrio universal, a conferência nazi fez perder ao Irão, em dois dias, o que o mesmo terá ganho em "credibilidade internacional", nas últimas semanas ou meses (no fundo, desde o fim da guerra do Líbano);
- Por um lado, o PM israelita (isto sim com importância decisiva... Esther dixit, na certa) pôde ir ao Vaticano e aos países da União Europeia, reuniu-se com o Paquistão, e recolheu apoios sentidos. Por outro lado, nem o patético Venezuelano Chavéz, nem o eterno moribundo Castro, se atreveram a solidarizar-se com a cretinocracia de Teerão.
Até a arma atómica não declarada de Israel parece justa, face a um regime que se sente orgulhoso por receber, dentro de casa, os celebrantes dos genocídios do passado.
A União Europeia reagiu às tolices sinistras da presidência iraniana, mas devia ter ido mais longe.

É preciso dar ao Irão um tempo razoável para pedir desculpa pelo que se passou. É preciso dar ao Irão um tempo razoável (mas não muito), para identificar publicamente aqueles que falaram em Teerão, e o que disseram sobre o Holocausto.
É preciso dar ao Irão um tempo razoável para explicar quem entrou no país a proteger os "intelectuais nazi-estalinistas-trotsquistas-guevaristas", que guarda-costas e militantes o fizeram, e quem está indiciado ou procurado pela INTERPOL (a que a PJ iraniana pertence).

Se nada acontecer, a UE deveria suspender toda e qualquer relação com o Teerão. E deveria expulsar os elementos dos serviços de segurança do Estado (MOIS), que estão identificados nas várias embaixadas e legações na Europa, e que foram os controleiros e contactos desta rede de alucinados, que faria outro genocídio, se pudesse.
(Os sublinhados são meus)
Realmente não se deve cuspir na mão de quem nos dá de comer, mas ele há gente assim (embora normalmente sejam apenas os mal educados...) e, sobretudo, não há como escolher bem quem convidamos para nossa casa, fica o conselho. Como já aqui escrevi não é, de facto, possível ser simultâneamente amigo de Israel, dos EUA e do Irão.

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DOS JORNAIS

Sobre a Lei ontem publicada em Diário da República: "Lei da nacionalidade é insuficiente"
Ainda???

14 dezembro 2006

REGRESSO

A crónica do enviado a Teerão voltou ao blog, agora à tarde... Será que está revista?
Ainda não conferi, quando tiver tempo falo-ei...

EM BICOS DOS PÉS...

Ou um pouco de modéstia (sem ser falsa...) não faz mal a ninguém.
Ou ainda prémio para a mais extraordinária frase do ano (uma vez que estamos já nos idos de Dezembro) equacionei a possibilidade da minha presença ter servido para legitimar a conferência.
Realmente até com a presença de judeus ultra-ortodoxos na conferência, a presença do famoso Nuno Rogeiro havia de fazer uma grande diferença.
Mas lá que a República Islâmica do Irão deve estar bem arrependida de ter convidado este amigo do país, isso deve.



REVISIONISMOS...

A rocambolesca ida do Nuno Rogeiro à conferência do Holocausto, sobre a qual existe um fabuloso e fantástico (na mais pura acepção da palavra) acto de contrição aqui, mereceu uma rápida publicação aqui na Pátria, pois que lá, como eu suspeitava e se confirmou, não foi lida. A mim não me admirou, já o esperava (é o que dá o conhecimento de muitos anos...) e já ontem aqui tinha escrito, Mas cabalas de última hora, urdidas por terras persas, não faltarão seguramente... Pois aí estão as ditas apenas com algumas horas de atraso. Todavia, lendo hoje o blog onde participa o cronista, O Futuro Presente verifica-se que a mesma foi apagado.
Será algum laivo Revisionista???
Ainda voltarei ao acto de contrição que me parece (bem, não vou comentar), mas queria só deixar-vos este comentário de uma minha actual colaboradora (e que igualmente faz o favor de ser minha amiga) e minha e dele ex-aluna, às declarações do mesmo ao "Expresso": "anda mesmo a ver quem lhe paga mais". Nada mais digo, por agora...

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13 dezembro 2006

AINDA A CONFERÊNCIA SOBRE O HOLOCAUSTO EM TEERÃO

Na fotografia o Professor Robert Faurisson (responsável científico da Conferência) conversa com Lady Michelle Renouf, em segundo plano um perigoso Nazi participante na mesma.

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A TESTEMUNHA SILENCIOSA...

Ou o homem invisível...
Escreveu aqui o Nuno Rogeiro, em Teerão a convite do MNE local que : As this conclave coincided with my coming, I intended first to be present here only as a silent witness, to report back what I saw and what I heard (será que era o conclave que coincidia com a sua presença ou teria sido a presença também por causa do conclave?).
Algumas notas se me oferecem sobre o assunto. A primeira a de que o Nuno, contrariamente ao que deu a entender aos microfones (ou dever-se-á dizer ao telemóvel) da RCP, onde possui uma crónica diária, estava previsto como orador na conferência 'Revisão do Holocausto: uma Visão Global', tanto assim é que a sua cadeira vazia (entre o Dr. Schaffer e Peter Toepfer, segundo informação presencial colhida aqui) assim se manteve durante o segundo dia do evento. Bonito, tanto mais que foi o único orador (afinal sempre estava prevista a sua participação no evento, tanto assim que escreveu o respectivo "papper") que faltou sem sequer ter tido a decência de avisar a organização e, para além do mais, estando naquela cidade - eventualmente para esse fim - e a convite (e pago) das autoridades locais... No mínimo uma descortesia (de facto, antes da mesma já se falava de um segundo português que participaria embora se mantivesse secretismo sobre o seu nome).
A segunda. A de que tal comportamento não me admira. A uma ponta de "enfant terrible" junta-se uma cuidadosa gestão de imagem e uma sábia navegação nas águas do politicamente correcto, aliás, tal como eu o previra aqui na segunda-feira após ouvir a crónica na RCP onde afirmara que não há necessidade histórica em falar do holocausto. Ele aconteceu.
A terceira, A da estranheza de tanto peito às armas feito na crónica de ontem (12.12.06), onde afirmava não perceber o porquê de desenterrar esse fantasma do passado. Existem milhares de páginas sobre o extermínio e até provas em tribunal (mais ou menos tão imparciais como aquele que julgou o Sadam). Vou ler a minha intervenção numa uma sala onde não sei o que me espera, ou um quase trágico espero estar aqui amanhã normalmente, entre outras larachas das quais a mais bombástica terá sido que iria arcando com uma respossabilidade moral que me liberta, para no final ter faltado e privado a assitência do seu contributo. Mas cabalas de última hora, urdidas por terras persas, não faltarão seguramente...
Uma dúvida final. Estando ele previsto como orador, convidado pelo governo porque é que a imprensa do politicamente corecto só falou de um português que iria a Teerão (o Flávio) e logo para o colocar em holocaustica pira??? Ele há cada coisa...
Uma última nota às autoridades iranianas: a de que tenham mais cuidado nos seus convites... De facto, contrariamente ao que afirmou o comentador aos microfones Terça-feira (12.12.06) é bem complicado ser amigo do Irão, de Israel e dos Estados Unidos ao mesmo tempo... como aliás o Nuno, homem culto e inteligente bem sabe... Mas há valores mais altos.

12 dezembro 2006

MANUTENÇÃO NA COLUNA DA DIREITA-2

Sabem os meus leitores que, por critérios meus, naturalmente subjectivos, vou acrescentando (do que conheço ou me é dado a conhecer...) a coluna da direita com blogs ou sítios que me parecem recomendáveis, interessantes, coerentes e legíveis. A verdade é que, mesmo assim, alguns interessantes ficarão de fora. Tantas vezes por desconhecimento meu. Outros há, naturalmente, que não referencio por com eles me não identificar, são, evidentemente, os riscos inerentes às escolhas, mas essas nunca me furtei a empreendê-las. Aqui vão quatro novas ligações. Há tempo que, a espassos, seguia este "blog" mas nem sempre me parecia no caminho certo, felizmente melhorou muito. Aqui vai pois a ligação para o blog do Emanuel que entra para a coluna da direita por mérito próprio.

Ontem o meu filho mais velho falou-me num blog no qual, por desconhecimento meu, ainda não tinha "tropeçado". Abri-o pareceu-me manifestamente interessante e até lá descobri uma "t-shirt" fantástica. Aqui vai pois o blog do João M., para a coluna dos recomendados.

Finalmente dois sítios que já tinha no meu Santarém Nacional (li aqui que recentemente apareceu outro, com o mesmo nome, e até dele fazem parte não ribatejanos, nem de terra nem de coração, enfim, fiquem bem com a consciência deles que eu fico com a minha) e que por preguiça não passei para aqui:

o Movimento 560 e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.



11 dezembro 2006

CRÓNICA DE TEERÃO

Como já sabem os meus atentos leitores decorre hoje e amanhã uma conferência internacional sobre o Holocausto na capital iraniana, onde participa o português Flávio Gonçalves. Facto irónico, pois impossível de acontecer na Europa onde "reina" a democracia, num país acusado de falta de democracia e liberdade...
Mas a surpresa haveria de a ter esta manhã ao escutar o Rádio Clube Português, o Nuno Rogeiro - que possui uma crónica nessa rádio - falava em directo de Teerão e, tão céptico quanto bem comportado "oppinion maker", não estaria em Teerão para assistir às perversidades dos malévolos revisionistas pois, como de imediato esclareceu: O Holocausto é uma realidade histórica que não carece ser discutida. Ora tomem lá, o nosso amigo Rogeiro já aderiu plenamente à "história dogma", logo ele que, em 1992, até escrevia sobre o "revisionismo" que urgia fazer sobre a historiografia da Revolução Francesa. Mas é assim, há a história (que pode ser revista) e O história-dogma sobre o qual diga-se o que se disser se não pode investigar... e é apenas disso que se trata (embora suficiente para prender escritores na "democrática" Europa).
Tal como as famosas armas, a coisa está em boas mãos.
Ah é verdade, o nosso Rogeiro está lá a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão para constatar que o país, contrariamente ao que afirma o rapaz das vacas, não é o eixo do mal. Mas a tão empedernido americanista não sei se aproveitará a visita...
Eles gastam dinheiro com cada figura?

10 dezembro 2006

R.I.P.

Valparaíso 25.11.1915 - Santiago 10.12.2006

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CONSELHO IGNORADO...

A minha mulher disse-me ontem: "Não leias esta entrevista que te vai irritar...". Ignorei o aviso e ao folhear a "Notícias Sábado", nº 48 (9.Dez.2006) deparei com a notícia para a qual tinha recebido tão sábia advertência - "Vida de Coelha". Trata-se de uma entrevista a Sara Santos que, ao que ali li, foi recentemente eleita Miss Playboy TV 2006. Confesso que ao ler as gordas (como normalmente sempre faço antes de ler) até fiquei bem impressionado pois a rapariguinha dizia: Não quero a moda, não é a minha vida. Estou a aproveitar que sou nova e tenho corpo, mas sei que isto é uma ilusão e acaba depressa. Pensei para com os meus botões: "a criatura até tem alguns laivos de inteligência, menos mal, que quereria dizer a minha mulher?". O mal, para o qual sabiamente a minha mulher me alertara, estava para vir...
Aliás não era um mal singular mas plural. Comecei por saber que a criatura entrara para a licenciatura em Direito na minha Universidade (embora a tenha abandonado para ir cursar enfermagem, sabe-se lá onde...), facto particularmente grave pois não conseguimos impedir que dissesse a alarvidade seguinte: Tenho vergonha de ser portuguesa. As pessoas só se preocupam em ter dinheiro para ir ao futebol, gastar em roupa e comprar revistas de mexericos. Concordo que a preocupação materialista, a alienação do futebol e a vida de mexericos não fazem parte, fortunadamente, do meu quadro de referências, mas daí a ter vergonha de ser Portuguesa, tenha mas é vergonha na cara (que por sinal nem é famosa...). A "cereja no topo do bolo" era porém a afirmação, Portugal devia ser Espanha. Porque é que não se vende o País a Espanha? Para além de ficarmos a saber que a miss despida faz parte dos 28% de traidores iberistas (se porventura souber o que isso é...), ficámos com a certeza que, para além dos dotes que lhe valeram o título outros não terá, tinha vergonha de ser portuguesa pelos três motivos indicados e queria ser espanhola?
Alguém ofereça à "coelhinha" uma assinatura da "Hola!" e pode ser que a criatura ainda se salve...

06 dezembro 2006

DIZ-SE

Aqui, e eu acredito plenamente, que o nome do Professor Salazar terá sido o mais votado naquele concurso que tanta polémica levantou (e ao que parece ainda vai levantar...) promovido pela RTP.
A verdade é que face ao descalabro as evidências se impõe e a tal "democracia", por muito que queiram alguns, está longe de ser o valor supremo. O nosso saudoso Rodrigo considerava-a, mesmo, contrária à inteligência.
Ao falar de Salazar lembro-me sempre dos meus avós paternos, uma casa onde se viviam sobre ele sentimentos antagónicos. A minha avó Hilda tinha por ele uma devoção quase religiosa e preservava, como se de relíquias sagradas se tratassem, os cartões que o Presidente do Conselho lhe endreçava agradecendo as suas missivas de Natal e aniversário (é verdade o famigerado Presidente do Conselho repondia pelo seu punho a quem lhe escrevia). Já o meu avô Mário, daqueles republicanos (então ditos do "reviralho") de longa data (ele próprio filho de um republicano, amigo pessoal de António José de Almeida, e que exerceu elevadas funções - será que se diz assim (?) - na maçonaria) tinha, relativamente ao estadista, uma posição contrária. Não advogava o autoritarismo e crente nos benefícios da tal democracia (que não lograra provar o seu valor, porém, na república que tanto admirava) reprovava-lhe os métodos. Era um opositor, mas intelectual e sem se meter nas aventuras esquerdistas do ante 25A. Vigiado mas não incomodado, como acontecia a quem assim se comportava.
Pouco tempo viveu para além do 25A com que seguramente sonhou - e que significaria o fim da ditadura que tanto criticava. A morte roubou-o ao nosso convívio apenas 4 anos depois (1978) da data do rebentamento do cano de esgoto, mas o suficiente para que o meu avô, homem sério, probo e de formação excepcional, se houvesse já transformado num salazarista.


05 dezembro 2006

ACOSSADO ATÉ AO FIM

O General Augusto Pinochet que logrou devolver o Chile ao cada vez mais restrito grupo das nações civilizadas, organizadas e prósperas, devido ao seu consulado férreo (1973-1990), seguramente, mas de elevado sentido de Estado e, sobretudo, responsável, vê-se agora acossado pelos herdeiros da turba que em 1973 se viu compelido a afastar do poder por pretenderem conduzir o Chile a trilhar os caminhos do "poder popular" que nós, e muitos outros países, infelizmente tão bem conhecemos...
A derrota do comunismo trouxe, efectivamente, o crescimento económico e a estabilidade ao Chile, só o negará quem for mentiroso relapso ou deliberadamente preconceituoso.
A maior parte das vezes o progresso é incompatível com os anseios da turba e nem sempre a democracia (como tão bem se vê actualmente no Iraque) é o melhor caminho a trilhar, quanto mais o tal "poder popular" que ameaçava arrastar o Chile para um frentismo onde, não tenhamos dúvidas, pessoas como o General Pinochet teriam sido igualmente perseguidos e torturados.
Como sempre acaba por se verificar é uma questão de cor - e sobretudo do quadrante de onde sopram os "ventos da história". Mas confesso que esta prática de julgar ex-governantes (não todos é claro que os "democratas" não cometem crimes, nem patrocinam campos de concentração, nem promovem o desapareceimento de opositores...) me irrita.
Que o General de 91 anos e doente possa morrer em paz, eis o meu desejo.

04 dezembro 2006

SENDO ESTE A DIZER...

Sendo este a dizê-lo presumo que seja insuspeito e que, tal como vimos dizendo, a situação no Iraque piorou muito após fim do regime de Saddam. Foi isso mesmo que o secretário-geral das Nações Unidas (ONU) afirmou, numa entrevista à BBC, que o Iraque vive actualmente uma guerra civil e que a situação actual do país é pior do que no período do regime de Saddam Hussein, salientando igualmente que a vida dos iraquianos está pior do que na época daquele regime.
«Se eu fosse um iraquiano médio, faria obviamente a mesma comparação. Na altura, eles tinham um ditador brutal, mas tinham segurança nas ruas, podiam sair, os seus filhos podiam ir à escola e voltar sem que a mãe ou o pai se preocupassem».
Mas agora têm a "democracia", não é "rapaz das vacas"???
De facto a cegeuira ocidental leva à defesa do indefensável. E o melhor no Iraque ainda estará para vir...