31 outubro 2006

NÃO SEI SE DERAM CONTA...

Ou Fantasias chinesas...
Com razoável projecção nos jornais recentes (entre eles o "Diário de Notícias") se lançou a notícia de que corre o "mito urbano" (história supostamente verdadeira espalhada "boca-a-ouvido" [porque raio se dirá "boca-a-boca"?] ou mais recentemente através de novas tecnologias como os "e-mails") de que nas lojas chinesas se sequestram pessoas para lhes serem retirarados os órgãos.
Em primeiro lugar confesso que jamais tinha ouvido tal disparate, logo o dito mito/boato não estará a ser devidamente propagado. Em segundo lugar igualmente o atesta o número destas lojas que continuam a proliferar entre nós, com os consequentes malefícios para a produção nacional, mas isso são outros malefícios - que não de órgãos - determinados pela fantástica globalização.
A culpa, essa é clara, I Pin Xo não tem dúvidas: trata-se de um boato lançado por um partido de extrema-direita, e como encaixável em tal definição só há um eis-nos, todos os militantes e simpatizantes do PNR, envolvidos em mais esta tenebrosa campanha de "intimidação e descriminação". É mais uma "culpa" cá para o nosso Cartório. De qualquer modo a coisa é ainda mais precisa e o representante da comunidade chinesa acha que é "um indivíduo da zona de Coimbra", será que também há uma polícia de informações chinesas a operar entre nós ou será apenas uma acusação xenófoba (sim que o conceito é bi-unívoco)?
Lembram-se da nossa singela campanha de defesa do comércio nacional face à invasão comercial chinesa? Agora vejam as proporções e os diferentes critérios...

30 outubro 2006

SÓCRATES... NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Ouvi nos noticiários do findo fim-de-semana, com a pouca atenção que merece quem assim nos (des)governa e mente, o inefável primeiro-ministro Sócrates, ou será Alice?
Autista como sempre, ou, vivendo num país de maravilhas, só seu, mostrou-se muito incomodado quando questionado pelos jornalistas sobre os cada vez mais frequentes apupos de que é alvo nos locais onde se desloca. Nada que lhe tenha causado particular embaraço, porém, que nisso o moço, há que admitir, é ladino. A explicação foi rápida e estava na ponta da língua. É muito diferente o genuíno descontentamento do povo (que jamais presenciou) daquilo que é legitimamente (momento do políticamente correcto para disfarçar o mau génio do rapaz...) transmitido em manifestações organizadas e convocadas pelos seus detractores, como supostamente é o caso.
À nossa "Alice" aconselho-lhe uma curta passagem pelos nossos transportes públicos (deixando a comodidade do seu motorista e nossa "bomba" de ar condicionado), disfarçado eventualmente com o fato da sua heroína, onde sem particular esforço perceberá que o genuíno descontentamento não é orquestrado e até lhe poderá ser dado ouvir comentários (imerecidos) menos abonatórios à sua legítima progenitora...
Realmente quem vive nas torres de marfim dificilmente entende o que se passa com o povo que devia governar...

DE PÉ ENTRE AS RUÍNAS

Sauda-se (e acrescenta-se à coluna da direita) o surgimento do Legião Vertical.
De pé entre as ruínas. Sempre!

150 ANOS DOS CAMINHOS-DE-FERRO EM PORTGAL

No momento em qe se celebram os 150 anos dos caminhos-de-ferro em Portugal a CP, atenta aos tempos e necessidades dos seus utentes, apresenta o novo modelo de composições a serem empregues na linha de Sintra.


28 outubro 2006

LIGADO AO POSTAL ANTERIOR...

«Devo à Providência a graça de ser pobre: sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, ostentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente. Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no Mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não por ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.».
António de Oliveira Salazar

Parece que centenas ou milhares de anos separam estas palavras de probidade e honestidade do nosso actual país de bandidos, trafulhices, esquemas, compadrios, nepotismo e tantos outros adjectivos para qualificar o roubo e impunidade em que vivem os que nos roubam... mas afinal são apenas algumas dezenas de anos. Que aconteceu a este país?
A resposta só não a sabe quem não quer... ou for um deformado mentiroso.

INFELIZMENTE CADA VEZ MAIS VERDADE...

27 outubro 2006

AINDA O IBERISMO

Foi esta a tenebrosa bandeira com que em 1848, na capital francesa, um denominado "Club Ibérico" - liberal e maçónico (pois, então...)-, composto por 400 portugueses e espanhóis, desfilou com este símbolo da "Ibéria" (vejam só, a título de curiosidade, como retirando o campo branco a mesma fica tão parecida com a da república espanhola...), relembro esta curiosidade vexilológica para ilustrar a crescente onda iberista, mais lá do que cá (como sempre aliás...), mas com alguns artolas (ou mesmo traidores - aqueles que por quaisquer melhores lentilhas abdicam da sagrada e inviolável soberania) do lado de cá da fronteira.
Tenho, como sabem todas as reservas relativamente a Espanha. Ensinou-me o meu pai (profundíssimo conhecedor e amigo de Espanha, mas antes de tudo um patriota) que, com os espanhóis sempre como o Senhor dos Passos: com um pé atrás. De facto, a política imperial do imperial (porque domina e espartilha diversas outras nações, sob o jugo de Castela) estado Espanhol assim o determina. Como crer na "amizade" (coisa que dificilmente existe entre Estados) de um país que nos roubou e mantem ocupada uma parcela do território nacional - Olivença - e que mantendo litígios análogos (apenas no sentido territorial) tudo faz para os resolver negando-se sequer à discussão do litígio com Portugal?
Existem povos e nações em "Espanha" que simpatizam, e nalguns casos até invejam (sim, há povos que vêem para lá dos cifrões e das lentilhas...) o precioso bem que os Portugueses, puderam e souberam preservar: a Independência. Entre eles Catalães (nossos velhos aliados enquanto Estado independente contra as tendências anexaxionistas castelhanas), Navarros, Vascos e os nossos irmãos Galegos (uma parte que falta a Portugal). A esses devemos a nossa "amizade" e protesto pelos seus justos anseios. Não àqueles que como sempre tiveram um único objectivo: tornar espanhola este irredutível torrão, esta "aberração" geográfica que faltava à Espanha.
Os números estão aí a comprová-lo, para quem os quiser ver, 45,7% dos espanhóis pretendem a união de Espanha e Portugal, 43,4% deles acham que essa putativa realidade política se devera chamar Espanha (contra 39,4% que acham que deveria ser Ibéria), 80% que acapital se deveria manter em Madrid (o que além do mais demonstra uma profunda ignorância geoestratégica...) e 49,7% acham que deveríamos, por cúmulo, ter que "gramar" com o rei dos pepes... As tendências no sentido de se anexar Portugal estão aí, que faz o (des)governo e os políticos? Nada como costume...
Como dizia o saudoso Embaixador Franco Nogueira: antes pobre e Português do que rico e espanhol.

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26 outubro 2006

POR FAVOR NÃO SE ESQUEÇAM DE DIVULGAR E ASSINAR A PETIÇÃO

Não deixes que destruam o Museu de Arte Popular, divulga este apelo.
Assina a petição contra a destruição do Museu de Arte Popular.

BORN TO KILL

O maioral das vacas (que é como quem diz o cowboy) Bush, admitiu, finalmente a analogia entre o Iraque e o Vietname, embora, teimoso como é, se recuse a admitir o falhanço da estratégia americana. Afinal, não havia armas, o nível de violência aumenta, sucedem-se os ataques e atentados e o Iraque, outrora tiranizado (são sempre subjectivas estas adjectivações) mas próspero, organizado, estável e florescente está hoje mergulhado no caos... Sem quaiquer previsões de recuperação visível.
Enfim, vantagens da democracia americana. Mas essa é lá com eles, a imposição da mesma a outros povos que a mão pretendem é que é uma grande maçada.

Na mesma região a FINUL admite usar força contra os aviões israelitas que não param de violar a fronteira, com incursões constantes no Líbano, desrespeitando, assim, como aliás é seu apanágio as disposições internacionais. Enfim, no Médio Oriente nada de novo. Não se admirem é, depois, que o Presidente Ahmadinejad insista em que aquele "regime é ilegítimo desde a sua fundação. É fabricado. Foi imposto às nações da região e não pode sobreviver. (...) A existência desse regime é a causa de muitos problemas da humanidade".

25 outubro 2006

UM ACTO DE BARBÁRIE

A "esquerdalhagem" no poder quer praticar mais um acto de barbárie com a destruição do Museu de Arte Popular. Trata-se de um museu inaugurado em 1948 (quando, independentemente de demais considerações, a memória da arte dos Portugueses de Portugal era considerada importante... hoje as prioridades e valores infelizmente são outras...), no edifício projectado pelo Arquitecto Veloso Reis Camelo (que ainda tive a honra de conhecer nas lídes patrióticas) para a Exposição do Mundo Português e posteriormente adaptado a Museu pelo Arquitecto Jorge Segurado com a participação de tantos artistas, como por exemplo, o meu saudoso Thomaz de Mello (Tom), com quem tantas vezes brinquei em criança.
Portugueses de outras eras e outros valores. Não lhes fiquemos atrás!
Assina a petição contra a destruição do Museu de Arte Popular.

GRANDES PORTUGUESES

O programa os Grandes Portugueses, ainda que debutante, vem provocando já enormes disparates e não menores polémicas, acesas um pouco por toda a parte. É evidente que, como programa de entretenimento das massas (qual Circo de outras eras), merece o distanciamento e a relativização aconselhável.

Acontece que, percorrendo a sociedade o comentário ao programa todos vem afectando. Mais ou menos responsável, ninguém lhe quer ficar à margem. No recente Sábado (14.10), nas páginas do “Diário de Notícias”, saiu na sua habitual Crónica o Professor António Costa Pinto glosando o assunto. E entre chacota escusada, doutos comentários e sobretudo muito preconceito lá foi discorrendo sobre o tema. O tema não mereceria particular atenção não fora a responsabilidade pública que é esperada de um Professor Universitário. Bem sei que se trata da crónica de um jornal, mas é que depois há hábitos e jeitos que não se perdem… e assim se vai fazendo a História, sobretudo a História Contemporânea Portuguesa. História preconceituosa, apaixonada e excessivamente adjectivada, pouco rigorosa e sobretudo nada isenta. Enfim, malhas que a Academia tece…

O que não se compreende é que, com jornalística ligeireza, afirme como normal que em idênticos programas na França, o general Pétain tenha sido excluído da lista o mesmo tendo acontecido com Hitler na Alemanha, comentando “Ainda que não ganhassem seguramente, a polémica seria dolorosa”. É de facto o mais espantoso sinal de como vê a História e como conscientemente pactua na sua adulteração. Não espanta pois o que arengou sobre Salazar de quem afirma caber aos historiadores colocá-lo no devido lugar. Mas com Costa Pintos, Rosas, Medinas & Cª. é de temer…

Não chegando ao ponto a quem chegou um jovem nacionalista da “blogosfera” não é que os livros dele sejam “uma bela merda”, mas andam lá muito perto…


24 outubro 2006

À ATENÇÃO DE MUITOS "CRISTÃOS"

A ler hoje n' "O Diabo" a entrevista de D. António Marto (bispo da diocese Leiria-Fátima). Por estas e outras não consigo entender esta religião. Diz o bispo que "Para se ser católico, não é preciso acreditar em Fátima". Mas sobretudo uma grande verdade para o nosso país: "Não se pode ser cristão por tradição mas por uma escolha pessoal e responsável". E essas custam tanto, acrescento eu...

SZABADSÁG

Ou seja, Liberdade. Foi o grito que fez ontem 50 anos, como bem lembrou este atento amigo que nunca esquece as questões magiares. De facto fez ontem 50 anos que nas ruas de Budapeste os estudantes exigiram o fim do regime comunista e a saída das tropas soviéticas (as tais que defendiam a soberania ilimitada...), a eles se juntaram os trabalhadores e todo o povo húngaro que ansiava por uma mudança. Aos seus anseios respondeu a polícia secreta disparando contra a multidão.
Faz hoje, porém, 50 anos que os carros de combate soviéticos entraram nas ruas de Budapeste iniciando a repressão e travando-se autênticas batalhas nas ruas da linda cidade do Danúbio. Há 50 anos, também, era renomeado para o cargo o antigo primeiro-ministro, Imre Nagy.
Havendo, ainda, tantos iludidos sobre os reais objectivos comunistas lembraremos aqui, sobretudo para os mais novos, a cronologia dos acontecimentos:
25 Out. - Tropas soviéticas disparam contra os manifestandos matando centenas de manifestantes. Início da destruição dos símbolos da ocupação soviética.
26 Out. - Revolta alastra a todo o país. O primeiro-ministro tenta negociar a saída dos soviéticos.
28 Out. - É abolida a polícia política (AVH) e o sistema de partido único. Reunião de emergência do conselho de segurança da ONU.
30 Out. - Carros de combate soviéticos abandonam Budapeste. Manifestações de enorme contentamento das populações.
1 Nov. - Nagy anuncia o abandono do Pacto de Varsóvia por parte da Hungria e epela à ajuda internacional (que ninguém disponibilizou...).
3 Nov. - Invasão militar soviética.
4. Nov. - Revolução é esmagada pelos soviéticos em poucas horas. É estabelecido um regime fantoche liderado por Janos Kadar.
Dois anos depois Nagy seria executado no célebre edifício da polícia política na Andrassy Utca e seria necessário esperar por 1991 para assistir ao abandono definitivo das tropas soviéticas.
Ontem também os carros de combate andaram nas ruas... os socialistas não aprendem mesmo...

23 outubro 2006

MADE IN USA...POIS CLARO

Freaking - é a designação de uma "dança" obscena que simula a actividade sexual, através de movimentos em que os corpos se roçam, adoptam comportamentos lascivos ou gestos acompanhados por sons e movimentos "adequados", habitualmente acompanhada por hip-hop ou rap.
A nova moda que invade os bailes de finalistas das escolas americanas vem sendo divulgada por esse gigantesco pilar de destruição dos saudáveis hábitos da juventude que dá pelo nome de MTV, pois claro.
O alarme está dado, mas creio bem que a moda, que mais uma vez minará a inconsciente população ocidental aí ficará para gáudio de quem nos quer destruir e cultivada por aqueles que inconscientemente se deixam ir em "modas" espúrias.
Proiba-se, pois! Dir-se-ia noutros tempos... e como português sou algo saudosista.


20 outubro 2006

AINDA O AXO

O meu atento leitor, e muito prezado colega de Faculdade, Eurico de Barros, lembrou-se, e bem, que o Axista António Emiliano cursava Clássicas. Com os meus sinceros agradecimentos aqui fica a achega. Aproveitando o ensejo, e porque os prezados leitores gostam sempre de umas imagens, aqui ficam duas imagens do acto público do 1º de Dezembro de 1981 (com as respecivas legendas... para ajudar na identificação).

1ª imagem - António Emiliano proferindo o discurso sob o olhar atento do Pedro Ayres Magalhães (de chapéu, para ocultar a polémica que envolvia os seus "Heróis do Mar", hehehehe).
2ª imagem - Bandeira do AXO à luz do dia, empunhada pelo José Alexandre Conefrey e esticada por este vosso escriba (quase nem eu me reconheço...).

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19 outubro 2006

AXO - PORTUGAL * RAÇA * IMPÉRIO

Notas pessoais a propósito do surgimento dos "Heróis do Mar" e das suas conotações fascistas. Notas para a história do AXO:

Estávamos em Março de 1981, eramos todos muito jovens e naturalmente muito idealistas, a Faculdade de Letras de Lisboa dava guarida às nossas conspirações, embora alguns de nós já se conhecessem de outras caminhadas, anteriores, intensas e diversas que haviam forjado sólidos laços de confiança senão mesmo de amizade.

Os três grandes impulsionadores do pujante e efémero movimento que se veio a conhecer como AXO (sempre entendido como um grito de ordem, facilmente utilizável e que jamais pretendeu ser a sigla do que quer que fosse..), foram o Paulo Borges (que cursava filosofia), o Pedro Ayres Magalhães (que cursava psicologia) e o António Albuquerque Emiliano (cujo curso me não recordo...). Conhecia apenas o Paulo e o Pedro quando, em Abril desse ano, me procuraram na cave da Faculdade, onde funcionava o Aparelho Técnico no qual trabalhava, como tipógrafo, para fazer face aos custos da vida de estudante. Paradoxal veio a revelar-se a utilização do Aparelho Técnico da AEFLL, então controlada por uma lista próxima da UEC (União dos Estudantes Comunistas), para a elaboração, frequentemente a altas horas da noite, dos nossos, comunicados, manifestos e material de propaganda.

Confesso que a primeira abordagem, por parte do Pedro e do Paulo, me deixou desprevenido, conheciamo-nos de bem diversas situações e a arrojada linguagem e propósitos do AXO, despertava-me para um universo bem diferente. Cedo, porém, as ideias e discursos dos meus amigos, tal como a eles, vieram preencher um ansiado vazio de anos de intensa e conturbada vida musical.

Não foi por acaso que se escolheu o dia 25 de Abril, pululavam então os cravos vermelhos na FLL, para a emissão do primeiro comunicado dos auto-proclamados “Arautos do Quinto Império”, o tema não poderia parecer mais desjustado às abrilinas festividades:

O Mito Renasce – A raça está Viva!”, o conteúdo da declaração continha três pontos e alguns incitamentos:

“1. O sistema democratico-populista e o preconceito do valor das multidões esgotam as possibilidades de aproveitamento total das capacidades superiores da Raça Humana.

A luta Axista devastará o reino das trevas!

2. O predomínio ditatorial dos valores decadentes e niveladores duma moral de rebanhos arrasta o indivíduo para o infindável abismo da doença.

3. A asfixia dos impulsos apaixonados, a calúnia do vigor e da energia, o culto do meio-termo e da inércia, a falta de ousadia, são as infames amarras que estrangulam as formas mais elevadas da Criação.

A nossa juventude não pode tolerar semelhante podridão e atrofia cultural.

- O SANGUE JOVEM É CHAMADO ÀS LINHAS DA FRENTE.

- Os nossos avós conciliaram, os nossos pais demitiram-se, - NÓS ACTUAMOS.

- É urgente responder ao desafio: chamam-nos novas conquistas.

- RAÇA É O NOSSO NOME!

AXO A NOSSA BANDEIRA!

A GUERRA ESTÁ DECLARADA!

25 de Abril do ANO I

da ERA AXISTA

Dificilmente qualquer outra linguagem poderia parecer mais estranha nesses anos em que a esquerda ainda dominava e em particular na nossa Faculdade.

A 10 de Junho, o incontornável Dia da Raça, como continuávamos a gostar de lhe chamar, proporcionava a ocasião para mais um manifesto:

“CARNE E SANGUE, FERRO E AÇO PELO QUINTO IMPÉRIO!

I - É chegada a altura de provar por actos quem são os melhores filhos da RAÇA. Prová-lo-ão aqueles que tiverem a força de reerguer um único SENTIDO NACIONAL, um sentido que aponte a todos os Portugueses um mesmo FIM ACTIVO para a vida ou para a morte, para a guerra ou para a paz.

II – Este sentido sempre existiu e existirá. Não é outro senão o do Quinto Império, anunciado e prometido por poetas e profetas, prenunciado no apogeu do nosso predomínio mundial, hoje miserávelmente esquecido. – “Provar a esperança de um novo Império, ao qual chamaremos o Quinto” – Padre António Vieira.

III – Apontar ao QUINTO IMPÉRIO significa retornar aos valores supremos que permitiram constituir e manter Portugal como Nação altiva; os valores de EXPANSÃO E CONQUISTA que sempre nos permitiram aspirar a uma missão condutora e dirigente do Mundo.

IV – Nós afrmamos que Portugal só sairá do actual abismo de anemia e decadência, expurgando do poder os fracos, os imbecis e os impotentes, aniquilando a actual ditadura parlamentar e plebiscitária do regime democrático-igualitário. A Nação necessita duma élite dirigente obtida a partir da SELECÇÃO, DIFERENCIAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO das suas forças materiais e espirituais. Só a acção desta casta governante, mercê dum Estado forte não burocrático, poderá instituir uma ordem que nos restitua a honra, o rogulho, a força, a ascendência.

V – O lugar dum PORTUGAL irmanado pela Fé nos destinos do V IMPÉRIO, NÃO é o de parente pobre e mendigo dos dejectos do decadente capitalismo Europeu. Portugal deve encarnar a sua Missão Universalista, inoculando a sua ALMA e o seu SÉMEN no Mundo. Recusando o saudosismo estéril, marchemos rumo ao futuro com as armas e as energias da Glória Ancestral.

VI – O movimento Axista apela ao levantamento de todos os Portugueses, numa corrente anti-parlamentar e anti-partidária. Só uma Nação débil confia ao voto popular a escolha dos seus dirigentes. O actual regime democrático-igualitário, negando o direito à diferença, dá-nos o exemplo mais flagrante da dissolução e gangrena a que conduz o poder irresponsável e medíocre das multidões não submetidas nem dirigidas.

- AXO é o nosso grito: - CONTRA A LAMA DEMOCRÁTICA, A INÉRCIA PARLAMENTAR E O VIL IGUALITARISMO-SELECCIONAR NA LUTA A NOVA CASTA DIRIGENTE! – CONTRA A SUBMISSÃO À DECADÊNCIA EUROPEIA-INDEPENDÊNCIA, EXPANSÃO E RECONQUISTA! – GUERRA NACIONAL PELA NOVA RESTAURAÇÃO! – LANÇAS EM RISTE, ESPADAS AO SOL – PEITOS EXPOSTOS PELO QUINTO IMPÉRIO!

A RAÇA ESTÁ VIVA!”

Em Setembro desse ano surgia, com manifesta publicidade na imprensa (Correio da Manhã, O Dia, O Diabo, A Tarde), o projecto alimentado de recuperação de Olivença.

Das paredes da FLL, principal veículo de divulgação do movimento, registámos os seguintes escritos, tantos deles entrecruzados com a vida da banda “Heróis do Mar” de que o Pedro era, indubitavelmente, o mentor e cabeça. A maior parte deles destinavam-se a chocar o esquerdismo reinante e a provocar a reacção:

- AXO

- Almas Ardentes!

- Almas novas! Sangue novo! Pátria nova! Corpos vigorosos ao poder!

- Amantes furiosos, paixões violentes!

- Arautos do Vº Império

- Cristo era judeu!

Marx era juedu!

Freud era judeu!

Quando nos libertaremos desta maldita herança?

- Cruel destino, morte honrosa!

- Ergamos espadas! Olivença é Portugal!

- Ergamos o Império do sol, do sangue e do aço!

- Igualitários, mordereis o pó.

- Lâminas imperiais para barbas democráticas!

- Mais vale um ano de guerra que cem anos de paz!

- O mito renasce – a raça está viva!

- Olivença é Portugal! Pela Reconquista!

- Peitos exposto pelo Vº Império.

- Pela higiene nacional: freaks e hyppies para a fogueira!

- Purificação Nacional!

- Uma boa guerra santifica qualquer causa!

- Uma razão para viver! Uma razão para morrer!

- Viva o Axismo redentor!

Frequentemente o nosso AXO, era antecedido por um F, FAXO (deveria ler-se FACHO...), ao que acrescentávamos: Fascismo é demasiado populista; cesarismo e castas sagradas! As mentes de esquerda sempre tiveram esta aborrecida tendência para confundir faxo com fascio, enfim.

Para além dos citados e do autor destas linhas, militaram na causa Axista – a que o Miguel Castelo-Branco chamou um dia de "extrema direita sebástica vieiriana", embora jamais houvéssemos discreteado sobre heresiarcas bizantinos, nomes como António José Maia, Edgar Pêra, José Alexandre Conefrey, Pedro Bidarra e Vasco Soares, mantendo o grupo sede na Rua Ernesto da Silva, 30, em Benfica.
No 1º de Dezembro de 1981, conjuntamente com o Grupo dos Amigos de Olivença o AXO desceria até à estátua dos Restauradores, desfraldaria a sua bandeira e o António Emiliano proferiria um inflamado discurso.

O Paulo haveria de continuar a sua cruzada sebástica até pelo menos 1983, mas o grupo, enquanto tal, com a mesma pujança que caracterizara o seu aparecimento já desaparecera.

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A "VERDADE" NO MUNDO OCIDENTAL

Não foi, como é habitual, noticiada nos me(r)dia ocidentais a visita de um significativo grupo de rabis ortodoxos anti-sionistas a Teerão. Tal notícia poderia comprometer, ou pior deixar as pessoas a pensar sobre muito do que ouvem e lêem. Então não é que o "demoníaco" presidente do Irão - Mahmoud Ahmadinejad - se senta à mesa com judeus? Pois é estimados leitores, é que vos querem vender que judaísmo e sionismo são a mesma coisa, mas não é verdade. Claro que os "eleitos" vão gerindo a coisa a seu contento e com manifestos ganhos...
Mas a verdade sobre o encontro do passado dia 21 de Setembro aí fica, ou será uma montagem? Pelo sim pelo não, não seria mau que a CIA investigasse. Estamos certos que desmascaria a terrível intentona e execrável montagem urdida, tal como no vizinho Iraque descobriu as famosas armas com que Sadam iria provocar o armagedão...
P.S. - Porque gosto de tudo muito claro, devo advertir os meus leitores que pessoalmente, apesar de consciente das abissais diferenças entre judaísmo e sionismo, não gosto de ambas. Esclarecimento feito!

18 outubro 2006

NOSTALGIA DOS ANTIGOS DEUSES...

DUCE A NOI

Teste no domínio das imagens "youtubianas"

17 outubro 2006

TEMA PARA UM INTERESSANTE DEBATE NACIONALISTA

Agora que o confrade d' O Pasquim da Reacção já terminou a sua "Apologia das Espanhas" - entidade ficcional criada a partir do último quartel do século XV e até ao início do século XVI - deixo aqui a cronologia dos acontecimentos, contra os quais o nosso Rei D. Afonso V tenazmente se bateu. Trata-se de um período que, no plano peninsular, terminou sem qualquer proveito para Portugal, que viu diminuir o seu peso relativo e teve de se habituar a conviver com um novo bloco político, de constituição progressiva, a Espanha; formada por Leão e Castela (unidos em 1230), Aragão (em 1479, por morte do pai do futuro rei católico - título que o papa Alexandre VI, lhes concederia em 1496 -, João II), Granada (em 1492, após conquista) e Navarra (em 1512, após ocupação, no contexto da guerra franco-castelhana).
A questão promete e, por mim, se alguem quiser promover um debate Nacionalista sobre o assunto das Nacionalidades "espanholas" (antigas, muitas delas de antes de haver Portugal), contem comigo.
Estou certo que, para já, o confrade do Pasquim assegurará a tricheira contrária. Mas que se arregimentem mais, para ambos os lados.
Aqui fica o repto.

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16 outubro 2006

RENDER DA GUARDA

Fui ontem, com o meu mais pequenino, assistir ao render da guarda ao Palácio de Belém. Ele gostou muito e eu também. Um espectáculo imponente e com garbo. Vale a pena.
No terceiro Domingo de cada mês pelas 11 horas da manhã.

OS INGÉNUOS? (OU OUTRA COISA PIOR...)

Já no passado dia 8, com a argúcia habitual o amigo Manuel Abrantes, no seu Estado Novo, falara, a propósito da ingénua/trágica experiência de Vila do Rei num postal elucidativamente chamado "A Montanha Pariu um Rato".
Alguns dias passados encontro na imprensa bem-pensante a seguinte prosa.
ENGANOS. Lembram-se de umas famílias brasileiras que a presidente da Câmara de Vila do Rei, Irene Barata, convidou para viverem no concelho, combatendo a desertificação? Parecia uma boa medida, mas não foi. Alguns dos cidadãos brasileiros já se foram embora e outros ameaçam fazê-lo. Portugal gosta de gente que se deixe explorar.
("Notícias Sábado", nº 40, 14.10.06, p. 8)
Na realidade só ingénuos (ou coisa pior...) poderiam crer que o combate à desertificação passaria pelo gesto "altruísta" - a referida "boa medida -, de uma qualquer barata, que importava brasileiros para o seu concelho. O cerne da questão, como os Nacionalistas não se cansaram de bradar, era mesmo uma cruel exploração de mão de obra barata e iludida., daquele tipo que os globalizadores gostam de mascarar com gestos bonitos.
Mas como sempre mais vale cair em graça que ser engraçado...

13 outubro 2006

UMA AQUISIÇÃO RECENTE

Para bibliófilos ou investigadores mais atentos!

AINDA A RECENTE VAGA DE IBERISMO

Excertos de dois textos que merecem a devida reflexão.

Não há nacionalismos ameaçados nem nenhuma epidemia de Miguéis de Vasconcelos. Há descontentamentos. (...)
Os Portugueses nunca foram, nem são agora, iberistas. São grandes apreciadores do sabor da liberdade. São ciosos da sua história e da sua cultura e língua. Prezam demais a sua independência política. E procuram há séculos a sua independência económica. Que não é Madrid que ameaça. São os nossos empresários. Daí que qualquer sugestão de uma ligação política ibérica seja tão descabida como o receio da mesma.
Os restos mortais do iberismo resultam de um desconhecimento da realidade europeia, da realidade nacional e, muito especialmente da realidade dita 'espanhola'.
A Espanha é uma manta de retalhos de povos com línguas, culturas e sensibilidades muito diferentes que há longos anos lutam contra o centralismo de Madrid. Que tudo fazem para ver reconhecida a sua autonomia e a têm vindo a conseguir a pouco e pouco.
E nos invejam.
A questão, em Portugal, é outra. É de desencanto. É que os Portugueses estão fartos de ver a 'nossa' Galp a vender combustíveis mais baratos a espanhóis do que a portugueses. A pagar os carros mais caros do Mundo. Estão fartos de que Campos, impunemente, mande as mulheres Portuguesas ter os seu filhos em Espanha. Estão fartos de ver a economia dos nossos vizinhos a crescer e a nossa a não passar da cepa torta. Estão fartos de ver os empresários nacionais e seus doutorais porta-vozes a fazer lindos discursos e a pedir cada vez mais (para si próprios) e nada fazer pela economia real. Fartos. E com a exaustão vêem as miragens.
João Marques dos Santos, "Correio da Manhã", 29.09.2006

Curioso é constatar que esta apetência hispânica emerge num momento em que a tensão nacionalista coloca em crise a unidade do próprio Estado espanhol. O Estatuto da Catalunha e o terramoto que a sua aprovação provocou na tessitura autonómica da Espanha, com as réplicas sentidas nas Vascongadas e na Galiza, pressagiam um futuro complexo.
Eis o nosso sentido da oportunidade histórica. Quando os outros querem fugir, entendemos er o momento de entrar. Depois, perdidos e crescentemente desamparados, buscamos outro destino. Já foi o mar e a terra. O que nos resta? O ar?
Zé de Bragança, "Notícias Magazine", 01.10.2006

12 outubro 2006

O BLOG DE UM GRUPO DE JOVENS QUE SABEM BEM O QUE QUEREM

Um grupo de jovens que sabem bem o que querem, visitem e divulguem a República dos Desalinhados. Bem vindos e as maiores felicidades.

VISITA À TURQUIA

Com um agradecimento muito especial a alguém muito especial, aqui fica a imagem do cuidado, afinco e zelo com que os serviços secretos do Estado do Vaticano preparam a próxima viagem do papa à Turquia. Com este disfarce seguro a segurança está garantida...

(Algures numa vinha do Douro)


11 outubro 2006

TEMPO DE SUBVERSÃO OU REFORMA DO PROCESSO PENAL...

Nestes tempos confusos, pelo menos para quem almeja ter uma mente não excessivamente perturbada, de completa subversão de valores e em que cada vez mais os maus são apresentados como bons (ou tão frequentemente apenas como "jovens") e em que os supostos bons (ou pelo menos os que estão do lado da Lei) são reduzidos à condição de vilãos. Neste mundo em que os média cada vez mais empregam a esmo o conceito do "presumível", mesmo em actos evidentes e comprovados em que não há presunções mas certezas e provas Neste mundo em que se justifica sempre o papel do marginal (um excluido pela sociedade e, portanto, objecto de comiseração) e demoniza sempre o agente da autoridade por abuso de força, por empregar meios violentos e toda a restante arenga já bem conhecida. Penso ser chegado o tempo de reformas profundas que respondam com eficácia ao idílio em que vivemos e em que maldosas mentes (como a minha) teimam em associar a um aumento de criminalidade.
A principal proposta a da extinção da P.S.P e G.N.R., organizações violentíssimas para com os "jovens" e sua substituição por uma força, ou melhor dizendo, entidade, para não empregar tão brutal vocábulo, que equipasse (para não utilizar o termo farda que poderá ferir a susceptibilidade dos" jovens") de uma cor não agressiva (talvez o rosa fosse uma sugestão aceitável) e que poderia denominar-se talvez de Grupo Zelador da Integração dos Excluídos de Verificação das Normas e Punição dos Ultras (GZIEVNPU), o nome é comprido, mas digam lá se não valia a pena.
Para os Ultras - vulgo nacionalistas - o actual código penal poderia continuar em vigor, quiça ser até agravado, até para justificar a existência de prisões que a eles, exclusivamente, se destinariam. Para os demais um novo código (não sei se esta palavra não seria de rever, por causa das susceptibilidades), que comportaria as seguintes penas: advertência ligeira (tipo: Oh cidadão excluído, queira por favor integrar-se na nossa idílica sociedade), advertência agravada (em que se faria referência a uma reincidência) em casos muito graves, que não se verificariam seguramente, um tirânico puxão de orelhas e em casos de suma gravidade, e cúmulo da nova moldora legal, o tenebroso "tau-tau".
Como líder deste Grupo, não há dúvidas, poderia ficar o nosso mestre Aníbal tão dado a estas coisas como o comprova a sua agenda...

10 outubro 2006

A NÃO PERDER...

No Vanguarda a notícia do julgamento dos assassinos (perdão, deverei dizer jovens?) do jovem escocês Kriss Donald, assassinado em 2004 por um grupo de paquistaneses apenas por ser branco. Lá se pergunta, e bem, onde estão as vozes das carpideiras "anti-racistas", as manifestações de pesar, os discursos comovidos dos políticos e o espalhafato mediático?
Não se dá por elas porque não existem... É uma vez mais o racismo a branco e preto...

UM LOTE DE 4 PÉROLAS

Um conceito tão desvirtuado, pode, naturalmente, encerrar textos com inegável interesse, aqui fica, por mérito próprio o Democracia. De alguns dos mentores de uma revista de referência no panorama cultural português - Futuro Presente - aqui fica a versão blogosférica O Futuro Presente. Além dos cumprimentos devidos pela imagem de qualidade, que os textos acompanham, bastaria a designação d' O Restaurador da Independência para merecer aqui a ligação. Do outro lado do Atlântico também se vive Portugal, com justo mérito aqui fica o Orgulhosamente Só.

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09 outubro 2006

PROSELITISMOS...

Não gosto muito de falar de religião. Mas recentes acontecimentos a tal me impelem.
As "religiões do livro" (judaísmo, cristianismo e islamismo) são, como é sabido, demasiado semelhantes entre si para facilmente poderem conviver em paz e sem um secreto, ou às vezes mesmo óbvio e declarado, desejo de exclusão do outro. Nestas coisas das religiões monoteístas o outro, é sempre (e bem, de acordo com as idiossincracias específicas de cada uma), o infiel. Sempre assim foi e, creio bem, sempre assim há-de ser...
Tal motivou, ao longo da história, matanças e perseguições, acendeu fogueiras, organizou "pogroms", enfim, um sem número de actividades manifestamente contrárias às características benévolas e eivadas de elevados valores evidenciadas por tais religiões. Lamento desapontar os crentes, mas na matriz dos respectivos livros (no cristianismo ao ser mantido o Antigo Testamento a semente intolerante e, por vezes quase contraditória com os valores "cristãos" do Novo Testamento, lá ficou) não há grande lugar para a tolerância....
Passada que julgávamos a era das grandes confrontações religiosas o mundo lá ia vivendo confinado com as ditas religiões aquarteladas nas respectivas regiões. A dita globalização e muitas afrontas, tantas vezes irresponsáveis, acicataram ódios recalcados e reergueram cenários de confrontação religiosa., tantas vezes devido à política inconsciente de alguns estados.
A Europa, por muito que me custe, possuí de há muitos séculos uma matriz cristã (eregida, é claro, à custa da perseguição, extermínio, proibição e exclusão das florescentes religiões politeístas nativas) e a mesma deve ser actualmente considerada. Não é, pois, admissível que ajamos em nossa "casa" com medo da reação de terceiros que, na inconsciência de muitos provocámos, cerceando as nossas liberdades, importando modas espúrias e omitindo valores culturais de vários séculos. Em Valência, por temor às reacções islâmicas alteraram-se as "Festes de Moros i Cristians" (que parcialmente o Vaticano II ajudara a sepultar...). Daqui ao cerco de Viena o passo é mais curto do que parece...
Que saudades da Europa dos Deuses...

UMA IMAGEM SUGESTIVA, MAS...

A bandeira da entidade sionista jogada por terra é sempre uma imagem sugestiva, eu sei...
Acontece que neste caso, alude apenas à continuação da ocupação de uma zona do Sul do Líbano - Ghajar - que, em violação do acordado, permanece sob domínio dos "eleitos", em total desrespeito pela resolução 1701 da ONU que estipulava a retirada total das forças sionistas.
É caso para perguntar como se presta a tal papel, Alain Pellegrini, o comandante da FINUL?
Mas lá que o Líbano vai continuando ocupado, vai...

06 outubro 2006

FARTO DE "EIXOS DO MAL"

Cada vez me encontro mais farto de "eixos do mal". O Irão, estado soberano, reconhecido e representado na cena internacional, deseja promover o enriquecimento de urânio para prossecução do seu programa nuclear. E então? Será esse desejo ilícito, apenas porque o Sr. Bush assim o entende? Deveremos sentir-nos, tocada a campainha nos EUA, pavlovianamente terrivelmente ameaçados?
E porque não com as armas nucleares de Israel, do Paquistão ou dos próprios EUA? Qual a diferença? Porque não movem os EUA sanções a Israel, antes lhes vendem e fornecem material, pelo seu programa nuclear?
O Presidente do Irão, na recente crise entre o mundo islâmico e o papa, provou, contrariamente aos vaticínios/desejos de muitos, não ser um fundamentalista e pautou as suas declarações por manifesta tranquilidade. O presidente Mahmoud Ahmadinejad poderá apenas procurar, com o seu programa nuclear, o melhor para o seu povo. Será crime?

REGRESSO DA CORTINA DE FERRO

O cowboy alucinado que, para temor e grave problema mundial, preside aos destinos da única super-potência mundial actual, auto-arvorada em polícia universal de há, demais, anos a esta parte, decidiu agora re-editar um conceito que tanto criticou no passado (não pára, jamais, de me surpreender a capacidade dos "américas" em fazerem em proveito próprio aquilo que criticam nos territórios alheios...), o da cortina de ferro.
Pelos visto de nada valeu o esforço de J.F.K. em proferir, há anos atrás, a sua famosa expressão na língua de Goethe, "Ich bin ein Berliner"...
Mudam-se os tempos e as vontades e os camaleónicos EUA acham agora que os motivos económico-sociais são mais fortes e atendíveis do que os políticos de outrora na Europa e decidem construir uma cortina de ferro na maior parte do troço da fronteira com o México. O custo? Uns irrisórios 200 milhões de contos...
Sendo, naturalmente, defensores de que os Estados devem , antes do mais, atender ao seu bem-estar, só não entendemos porque é que esse direito é apenas legitimado aos "américas" e seus comparsas (aliás já os seus discípulos/mestres[?] da entidade sionista haviam promovido idêntica obra com o seu beneplácito) e negado aos demais, olimpicamente relegados para miríficas listas de ameaças à estabilidade, integrantes de um qualquer eixo do mal ou singelos terroristas.
De facto, as ditaduras possuem muitas formas. Cada vez mais a dita democracia é uma delas...

04 outubro 2006

RAZÃO DE UM FERIADO

Contrariamente ao comummente anunciado o feriado de hoje não deveria recordar a data fraticida e jacobina de 1910, que estabeleceu mais uma clivagem entre Portugueses, mas antes uma efeméride unificadora que remonta ao início da nossa história. Deixo-vos aqui o que este vosso escriba escreveu em 1998 no livrinho cuja capa aqui fica ao lado. A "4 e 5 de Outubro deste ano [1143], na cidade leonesa de Zamora, reuniram-se D. Afonso Henriques, o imperador Afonso VII e o cardeal Guido de Viço, legado do Papa Inocêncio II (…). Este último, pela sua presença, liga a Cúria ao acordo celebrado, só se sabendo que foi reafirmado ao Conde Portucalense o senhorio de Astorga e foi celebrada paz duradoira, embora poucas dúvidas restem de que Afonso VII reconheceu a D. Afonso Henriques o título de Rei." (p. 29)
Ora digam lá se não é maior o merecimento desta outra celebração...

DIÁRIO DE UM SKIN

(A propósito da leitura de Diario de un skin, Antonio Salas, Ediciones Temas de Hoy, Madrid, 2006)

Nunca fui skinhead (às vezes, por graça, afirmo que o sou biologicamente). No meu tempo de juventude, em Portugal, ao que pude ver (embora possa estar enganado) não existiam skinheads. Caso contrário talvez tivesse sido um, não sei. Um pouco mais tarde creio que conheci, convivi (FP, F, V, Ramone, etc.) e fiz amizade com alguns dos skins de primeira geração lusa, alguns anos mais jovens que eu. Recordo, com alguma saudade, deambulações num triângulo lisboeta (apesar da maioria deles ser da Margem Sul) que não se afastava muito dos seguintes vértices: Tapadinha/Marão/Oceano. Nunca tive, nem tenho, qualquer problema em afirmar que tenho amigos skins grupo que, enquanto tal, como qualquer outro, possui gente boa e menos boa. Mas nunca fui, nem sou, de me deixar afugentar por espantalhos de rótulos e muito menos de tomar "a nuvem por Juno". Sempre mantive, portanto, um contacto com esse universo ao longo das suas gerações.
Não precisei, pois, de ser infiltrado, como o autor do livro em apreço, para partilhar muito do romantismo e paixão que caracterizava muitas das suas actuações. Violência, seguramente que às vezes a houve e, eventualmente, desnecessária e escusada. Não conheço, aliás, nenhum grupo de jovens que com a mesma não conviva de quando em vez e que não cometa os mesmos erros. Acrescentaria, apenas, a minha opinião pessoal que por motivos bem menos nobres. Não é, pois, um apanágio dos skins, como se tenta divulgar. A "caçadas" como o autor descreve assisti a bastantes, muitas de sentido contrário, mas dessas, curiosamente, ninguém fala. Enfim, parcialidades habituais nestes jornalismos. As provocações foram, são e serão, sempre, neste caso unívocas...
Sobre este infiltrado, mais no universo paralelo, mas que confesso desconhecer quase na totalidade, das claques dos clubes de futebol (ainda por cima do Real Madrid, clube que odeio), assunto que me não interessa de sobremaneira, retirei duas pérolas do seu cuidado trabalho jornalístico (e poderiam ser tantas...) após tão aturada infiltração e que atestam o rigor das suas conclusões.
Nas páginas 296/297 afirma que para um seminário "foram convidados importantíssimos ideólogos do neo-nazismo mundial como Rodrigo Emílio (Portugal) (...)". Ora aqui está o nosso saudoso e querido Rodrigo alcandorado a algo que nunca foi, não porque desprezasse mas tão somente porque o não era, importante ideólogo do neo-nazismo mundial. Acho eu que morreu inconsciente de tal facto, mas é este o jornalismo cego e servil que mete numa mesma sacada tudo o que jamais poderá compreender.
A página 298 oferece-nos outra pérola, após tão aturada infiltração, "David Irving (principal autor revisionista americano)". Oh homem bastaria ir à net, não era precisa a infiltração, para saber que é britânico.
Enfim, poderiam ser tantas, um livro delicioso para quem gosta do fantástico.

SÁBIAS PALAVRAS

A Professora Maria Filoména Mónica, pessoa de reconhecida inteligência, não obstante não militar no nosso campo político, proferiu a respeito da série televisiva que vai narcotizando, boçalizando e formatando a nossa juventude - Morangos com Açúcar - a opinião que se trata de um programa televisivo "degradante".

Acrescentando, ainda que: "aquilo é imoral e indecente". Parabéns à conceituada socióloga, não poderíamos estar mais de acordo.

03 outubro 2006

QUE VONTADE DE IR A BARCELONA...

TEMAS SOBRE OS QUAIS NÃO ESCREVI

Mas que devem ler nos seguintes locais:
Casal 'gay' faz adopção em Espanha. Vêem como tenho razão que nada de bom vem de lá...


Um criminoso de guerra, bom, chamado Hemingway
. Um criminoso que matava prisioneiros "com prazer".

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DESINFORMAÇÃO OU MENTIRA?

Sem grande alarde, mas com a costumeira presença nos nossos órgãos de comunicação social, veio ontem divulgada a "notícia" - 'Skinheads' acusados de intimidar actores negros - onde, a continuação, se relatavam inverdades.
Gostaria a este respeito de fornecer a cronologia correcta dos acontecimentos.
- Set. 2006 - O Teatro Nacional de S. João, decide levar à cena a peça de Genet (já aqui abordada) "Os Negros". Obra de conteúdo racista e xenófobo anti-branco. Aparentemente o racismo anti-branco não está abrangido pelo SOS Racismo...
- 30 Set. - A organização TIR - Terra - Identidade - Resistência, e não um "grupo de skinheads" convoca um acto público de protesto empunhando uma faixa onde se lia: NÃO AO RACISMO ANTI-BRANCO, a única presente.
- 1 Out. - A organização racista, SOS Racismo, racista posto que o seu racismo tem cor, acusa um grupo de skinheads não identificado (?) de ter intimidado e exibido cartazes com "carácter racista e xenófobo" (o acima descrito).
Assim se fazem as "notícias" neste nosso Portugal e se promovem associações racistas como o dito SOS Racismo. Aos brancos que, legitimamente, queiram defender a sua raça e se sintam ofendidos por semelhantes peças resta-lhes o silêncio...
O racismo é, pois, na nossa terra exclusivamente colorido...

02 outubro 2006

CONTRA O MUNDIALISMO, PELO NACIONALISMO

O Partido Nacional Renovador exorta todos os Nacionalistas a associarem-se ao protesto que se levará a cabo na próxima 4ª feira, dia 4 Outubro, pelas 18 horas, à porta do Hotel Barcelona, em Lisboa, onde decorre o "workshop" com o tema “Uma população perigosa? Factos e rumores sobre a delinquência dos imigrantes”, no âmbito da “11ª Conferência Internacional Metropolis: Caminhos e Encruzilhadas: Migrações e Transformação dos Lugares".
Esta conferência promove políticas mundialistas, que visam diluir povos e culturas, destruindo assim a identidade e a soberania das nações, colocando em perigo a estabilidade dos povos e promovendo uma irresponsável invasão de imigrantes que conduzirá à transformação destruidora dos lugares de acolhimento.
O verdadeiro combate às políticas mundialistas só pode ser travado no campo Nacionalista. Vem connosco!

OS 10 PORTUGUESES MAIS IRRITANTES

O jornal "24 Horas" (que habitualmente não compro, não por sobranceria intelectual, mas porque nada de interessante realmente tem para ler, mas do qual sou circunstancialmente "leitor" devido ao facto do meu mais pequenino ser um incondicional fã do NODDY [esse saudável, limpo e escorreito personagem de Enid Blyton], colecção que aquele jornal promove) publicou, no passado Sábado, um artigo sobre as "10 pessoas mais irritantes do País".
Na maldade que caracteriza os portugueses não é que elegeram em primeiro lugar o nosso estimado e querido Anacleto (cuja imagem se anexa). Não é, pois, que o bom do nosso Prof. Louçã surge à frente do famigerado José Castelo Branco, da inacreditável "Floribella", do filósofo Carrilho? Não se faz, oh Portugueses, dizerem tal do nosso Anacleto. Francamente.
Ainda podem encontrar em tal listagem: o mago Mourinho, a sempre noiva Elsa, a camarada Odete, o tecnocrata Bagão (classificado como "o pior que a extrema-direita alguma vez teve para mostrar", confesso que me irrita esta confusão entre os ultra-liberais e seja lá o que eles acham que é a extrema-direita...), o inefável Professor Marcelo e até o meu amigo Prof. Garcia Pereira (injustamente colocado ao lado de tais figurões...).
Dizem-me, ao findar este postal, que me equivoquei na fotografia do justíssimo vencedor desta contenda. Não faz mal, deve ser um "acto falhado" em homenagem às figuras que o "berloque" e o seu líder costumam fazer...

PARABÉNS PELA ATENÇÃO - POSTAL A FERNANDA SERRANO

Actriz versátil e sólida, mãe de família e presença simpática nas nossas televisões, Fernanda Serrano, mostrou na última edição de "Alentejo - Terra Mãe" (nº 5, Out.Nov.Dez. 2006, p. 36), para além dos predicados que lhe reconhecemos, a sua inteligência e atenção com que acompanha os problemas do nosso país. Afirmando-se preocupada com o futuro do país, manifestou a opinião que a imigração ilegal que, muitas vezes, gera criminalidade, concluindo: Temos de das condições às pessoas, se não é melhor não as deixarmos entrar.
Registamos, com agrado, as palavras de Fernanda Serrano sobre tema que nos é tão caro e satisfazemo-nos por não militar no PNR - onde mereceria, no mínimo, o apodo de xenófoba e racista - nem ser agente da PSP - onde seria de imediato, a mando dos nossos ministros, muito politicamente correctos, silenciada e "convidada" à reforma compulsiva...
Valha-nos isto, alguns ainda podem, nesta fantasiosa democracia, ir dizendo a verdade.
Parabéns Fernanda, e que continue atenta à realidade política Portuguesa.

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