24 janeiro 2007

QUASE NA VÉSPERA DO GRANDE DIA...

Numa nova, mas não inédita campanha, a estafada Organização das Nações Unidas pretende instar os Estados membros a adoptarem medidas de condenação da negação do “holocausto” (que como sabem eles escrevem sempre com maiúscula) sendo esperado que depois de depois de amanhã a mesma seja votada na Assembleia-Geral. Para além de grupos dos “direitos humanos” e confessionais a principal pressão tem vindo do Congresso Judaico Americano (que surpresa…) que escreveu uma carta aos embaixadores nas Nações Unidas. Na referida carta que, dados os motivos aduzidos, bem poderia ter sido enviada ao governo de Israel diz-se que é importante recordar as lições do “holocausto” como “aviso a todos os povos para os profundos perigos do ódio, fanatismo e racismo”.
Genericamente a rejeição da negação do “holocausto” (entenda-se aqui a simples vontade de poder investigar e discutir um facto histórico) e a recomendação de programas “educativos” que ensinem as gerações futuras a aprender devidamente as lições do “holocausto” haviam sido já objecto de uma resolução adoptada em 2005 e que instituiu o dia 27 de Janeiro como o “Dia Internacional de Recordação do Holocausto”… Mas como nem todos os carneiros seguiram o rebanho do pastor David, eis que se volta à carga e as referências à recente conferência no Irão não poderiam ser mais explícitas.
A Conferência de Teerão, o crescimento da “extrema-direita” na Europa (não se questionarão porquê?) e a publicidade em torno dos inaceitáveis casos de prisão de historiadores por delito de opinião em países supostamente democráticos (como a Alemanha e a Áustria, por exemplo, onde é proibido por lei investigar um facto histórico) inegavelmente trouxeram o assunto para a ribalta, sendo para a ONU importante travar esta onda.
O assunto não deixa, porém, de ser controverso. No Reino Unido foram notórios os protestos de organizações muçulmanas á celebração de tal dia, por discordarem do estatuto de exclusividade daquele face a tantos outros genocídios. Claro que rapidamente os justos defensores do “Shoah” explicaram como o deles é único, afinal são eles, e não os demais, os eleitos… A eles queriam varrê-los da face da terra… E aos arménios não? E aos peles-vermelhas? E os membros de determinada classe social? Claro que esses não são judeus e aí, como bem sabemos, é que bate o ponto…

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