03 março 2008

O PNR ESTÁ COM A SÉRVIA!

(Texto distribuído na manifestação de Sexta-feira 29 de Fevereiro de 2008)




Templos destruídos, campas profanadas, populações deslocadas, terras queimadas, crianças assassinadas. As crianças são as primeiras vítimas da situação dramática vivida na província sérvia do Kosovo. A História conta-se em meia-dúzia de linhas.

O Kosovo é uma província da Sérvia que em termos geográficos equivale ao nosso Algarve. No séc. XV, quando Portugal partia à descoberta do Mundo, havia no Kosovo cerca de 13.000 casas sérvias e apenas 46 albanesas. A Albânia é um país de maioria muçulmana, território que fazia parte do Império Otomano, com o qual a Europa travou as mais duras e sagrentas batalhas.

Em 1389, na Batalha do Kosovo, os turcos vencem o exército sérvio, em inferioridade numérica, matando o Príncipe Lazar. Milos Obilic consegue, no entanto, matar o Sultão Murad, obrigando os otomanos a retirar, apesar da vitória. Seguir-se-ia a ocupação pelo Império Otomano, que impôs a islamização e duraria até ao séc. XX.

A grande migração deu-se quando, durante a guerra entre o Império Otomano e o Austro-Húngaro, os sérvios foram forçados a partir e a abandonar as suas terras. Entre 1638 e 1699 cerca de 70.000 sérvios fugiram ao jugo otomano, refugiando-se na região de Vojvodina, a norte da Sérvia.

Para se ter uma noção da rapidez com que sérvios eram esmagados, expulsos e ultrapassados pela maior taxa de natalidade albanesa, em 1870 havia 64% de Sérvios e 32% de albaneses. Cerca de 3o anos depois, em 1900, já havia mais albaneses (182.650) do qe sérvios (166.700). Nesta guerra demográfica, e em apenas 30 anos, os sérvios tornaram-se minoria no seu próprio país!

A maior taxa de natalidade dos albaneses, aliadas a perseguições, violações, agressões, humilhações diárias, e á ditadura comunista que os sérvios sofriam em sua «casa», davam um forte impulso à repressão sofrida pelos sérvios. Chega-se assim aos anos 80 e cerca de 65% da população é albanesa e apenas 35% sérvia. Os Estados Unidos da América, e a sua NATO, trataram de fazer o resto.
Em 1999 começam os bombardeamentos dos aviões americanos F-117 contra a população sérvia. Pretendiam, diziam eles, prestar ajuda humanitária e ser moderadores no conflito. Mas não escutarm os sérvios, antes lhes enviaram bombas. Os anos noventa terminan com uma maioria de 88% de albaneses e apenas 6% de sérvios. Minoria no ser próprio país!
A situação é catastrófica. Como se no Algarve houvesse uma maioria de albaneses que agora viesse declarar a independência daquele território. Com a agravante de, no caso da Sérvia, a província do Kosovo ser o Berço da Nação. E Pristina, que tal como Guimarães é um símbolo na História da Nacionalidade, ficar precisamente nessa província.
Estes são alguns dos motivos que nos fizeram manifestar-nos solidários com a Sérvia e exigir do Governo português uma tomada de posição contra a proclamação unilateral de independência do Kosovo, contrárias à resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU. Porque defendemos a diversidade cultural, a soberania dos povos, a Europa das Nações. Porque nos opomos ao mundialismo e ao imperialismo, à colonização e à islamização. Porque somos Nacionalistas!

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