AS MINHAS RESPOSTA N'"O DIABO" DESTA SEMANA
Um país sem memória histórica, com História branqueada ou reescrita é um país sem futuro e é a isso que nos arriscamos. Embora fruto dos entusiasmos revolucionários o derrube de estátuas, a alteração de designações e outros comportamentos similares são sempre condenáveis e indesejáveis. Não é, como se viu aliás recentemente, por se retirar o nome de SALAZAR de uma ponte que se apaga a sua importância e o reconhecimento do seu papel histórico. Sou a favor da preservação de todas as memórias, desde que com fundamento histórico e tratadas, tão imparcialmente quanto possível, por quem as deve tratar: os historiadores e não por decreto ou leis penais como se pretende começar a fazer um pouco por toda a Europa. Cabe aos historiadores preservar a memória em plena liberdade de investigação, divulgação e, evidentemente, seriedade.
Acho, portanto, uma iniciativa louvável e meritória.
2. Está disponível para a subscrever?
Já a subscrevi, creio que desde o início da sua circulação que conheci através da “blogosfera”.
3. Acredita que ela vingará?
Não creio que, à excepção do PNR se chegasse ao poder, qualquer força política tivesse a coragem suficiente para o fazer. É talvez a maior herança dos denominados “brandos costumes”. Este nosso país tornou-se refém do politicamente correcto, do que parece bem e do que é “aceitável”. É muito pouco reactivo, sobretudo no reconhecimento de quem merece, se isso causar transtornos a alguns “bem-pensantes”.
Além do mais ao devolver o nome SALAZAR àquela ponte, retirar-se-ia a mais rápida e fantástica conquista de Abril: aquela mesma ponte, o que seria um embaraço para o regime...
4. Recentemente, os portugueses, com o seu voto, deram a vitória a Salazar no concurso da RTP «Os Grandes Portugueses do Século XX». Agora, querem que aquela estrutura emblemática de Lisboa e do País volte à designação original. Trata-se de saudosismo, ou apenas de reconhecimento pela obra e pelo Homem e Estadista que foi o antigo Presidente do Conselho?
Acho que é impossível não detectar um pouco de um misto de ambas num cada vez maior espectro da sociedade Portuguesa. Na realidade, vivendo mergulhados nesta constante trapalhada, corrupção, desvios, compadrios e restante cortejo de misérias é natural que cada vez mais se encontre em Salazar uma referência de seriedade, de serviço público e de patriotismo a que dificilmente se pode ser insensível. E sendo esses, justissimamente, os predicados que se esperam de um governante, está patente o resultado.
Etiquetas: O Diabo, Ponte Salazar