18 maio 2009

VALHA-NOS O PACHECO PEREIRA...

Que vai escrevendo o dizendo aquilo que a nós nos está praticamente vedado (sim, há perseguição política em Portugal para quem está em determinado lado da barricada!), Sarna Fernandes, dixit. Parabéns pela lucidez e clareza neste tempo em que a maioria do "politicamentecorretês" insiste em tapar o sol com a peneira.
Se Portugal fosse um país a sério, não deixaria sequer um político balbuciar (como fazem no Bloco de Esquerda), face aos acontecimentos no Bairro da Bela Vista, que se trata de uma "questão social". Que a Igreja o diga, ainda se percebe, porque o seu Reino não é cá na Terra, e a caridade com o bom e o mau ladrão faz parte da sua missão. Mas a caridade não é a missão do Estado. A missão de Estado é garantir a nossa segurança, sem mas, nem ambiguidades. É inaceitável que tal se diga como explicação, argumento, desculpa, hesitação, em vez de dizer-se claramente que os pobres não fazem "carjacking", não se armam com uma caçadeira e não vão assaltar bancos, bombas de gasolina, ourives e ourivesarias, e caixas multibanco, para comprar roupa de marca. A subcultura da violência que se instalou nalguns bairros de Lisboa, Setúbal e no Porto, com todas as variantes que vão da violência do futebol e das claques (já todos estão esquecidos do rap dos Ultras da Ribeira) aos "gangs" organizados, é, como todas as coisas, "social", mas é, primeiro e antes de tudo, criminal. É mais próxima das organizações mafiosas e camorristas, com os seus códigos de honra que servem como factor de identidade e de defesa contra a polícia, do fascismo e da violência terrorista. Que o diga a maioria dos habitantes desses bairros, gente pacífica e, essa sim, atingida pela pobreza e pela exclusão, mas que ainda arranja forças para ir trabalhar nas limpezas de escritórios às seis da manhã, ou para a construção civil nas carrinhas dos subempreiteiros. Essa sabe muito bem a violência de que é vítima pelos mesmos que, nos momentos cruciais, os jornais e comunicação social hesitam em dizer a cor e a tribo, porque não é politicamente correcto, hesitam em nomear como gangster, ou em tratar... como criminoso. Aparecessem eles de mão ao alto e cabeça rapada, com tatuagens com cruzes gamadas, em vez de ouvirem o kuduro, serem "cool niggers", e muito SOS Racismo, e haveria um coro repressivo de mata e esfola. Assim é um "problema social" que eles, coitados, resolvem a tiro e a cocktail Molotov, e a duzentos à hora, porque não têm emprego nas obras. >Pacheco Pereira no seu "Abrupto".

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2 Comments:

Blogger pvnam said...

Disse o Pacheco Pereira: Se Portugal fosse um país a sério... Bloco de Esquerda...

---> Ora, se Portugal fosse um país a sério, a primeira de todas as prioridades seria constituir uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL - isto é, uma sociedade dotada da capacidade de renovação demográfica.
---> Portanto, como é óbvio, a primeira de todas as prioridades é analisar/avaliar quais são os custos de renovação demográfica [incentivos monetários à natalidade, despesas com a fertilidade dos casais, despesas com a gravidez das mulheres, despesas em Saúde e Educação até à idade adulta, etc...] necessários para se alcançar a taxa de natalidade de 2,1 filhos por mulher.

---> Quem não quer discutir quais é que são os custos de renovação demográfica necessários (...) - e fala em imigração para resolver o problema demográfico! - é um BANDALHO!


---> Concluindo: eu, pessoalmente, não me dou ao trabalho de discutir aquilo que os BANDALHOS do Bloco de Esquerda dizem ou dizem.



P.S.
Vamos lá a ver se o PNR é um partido com coragem para colocar em cima da mesa a discussão dos custos de renovação demográfica necessários para se conseguir alcançar uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL.

segunda-feira, 18 maio, 2009  
Blogger pvnam said...

P.S.2.
Dizer que Portugal gasta muito dinheiro com os imigrantes... é uma demagogia que se vira contra o próprio PNR!O PNR deve ser sério: o PNR deve fazer as contas aos mil-e-um gastos que a sociedade faz por cada português que chega à idade adulta - a trabalhar e a pagar impostos... e... deve assumir que tal fica muito caro.
Confrontados com os caríssimos custos de renovação demográfica... os outros irão deixar cair a máscara: toda a teatralidade em volta do 'combate à xenofobia', não passa duma palhaçada promovida por quem não quer pagar...{nota: toda a gente sabe que os mais pobres... são precisamente aqueles que mais sofrem com a concorrência...}

segunda-feira, 18 maio, 2009  

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