08 agosto 2009

NOTAS DE UMA "GUERRA" COLONIAL EM CURSO

Há coisa de 30 e tal anos atrás, um então muito conhecido baladeiro-revolucionário (alguns anos depois regressado à ribalta jornalística pela sua detenção num aeroporto estrangeiro por posse de droga…) cantarolava, exortando à expulsão dos brancos do que então era a África portuguesa: “Africa é dos africanos, já chegam quinhentos anos”, etc… Aos terroristas que matavam portugueses chamava “Movimentos de Libertação”. Enfim, naturalmente muito discutível mas, pontos de vista…

Iniciava-se, por essa altura, a imposição de uma cultura e valores de esquerda. Cega, profundamente maniqueísta e dogmática. Imagine-se só se um baladeiro francês, país hoje mergulhado no prelúdio de uma guerra étnico-cultural-religiosa (e que, no máximo, daqui a 30 anos será um estado islâmico), começasse a cantar “A França é dos franceses, já chegam cinquenta anos…”. Tal como Le Pen não se livraria, no mínimo, dos labéus de xenófobo, racista, troglodita, etc… Ou então, para além de silenciado, algo pior lhe poderia acontecer…Sinistra vincit!

Se fosse por cá ser-lhe-ia imposto, no mínimo, termo de identidade e residência, enfim… reflexos de uma cultura marcada por complexos de esquerda que, para bem da CULTURA, importaria sacudir…

A Europa está hoje a ser colonizada, é preciso dizê-lo sem receios, ou será que o colonialismo só se aplicava em continentes que não a Europa? Os reflexos dessa colonização, desorganizada, estamos a começar a colhê-los… Mas atente-se como a leitura dos factos é totalmente diversa. Se em África toda a inteligentsia condenava os europeus (o terrível fardo do homem branco…) pela imposição às culturas do homem negro dos seus hábitos e cultura, que espécie de direito divino (ou outro…) pode impedir os europeus de sentirem essa mesma tentativa de colonização por parte daqueles que, agora demandam as pátrias dos antigos colonizadores?

Já sabemos que o cenário de guerra a que assistimos tem claros culpados: a polícia, incapaz de entender as especificidades desses “jovens”, os povos europeus, exclusores e xenófobos que, afronta das afrontas, querem manter as suas culturas preservadas (não foi sempre isto, que os mesmos que hoje condenam quem assim pensa, exigiam para África???).

A subversão dos valores, primeira fase da guerra em curso, foi já conseguida. A culpa já não é de quem destrói, incendeia, pilha e ataca, a culpa é naturalmente do sistema que não integrou esses “jovens”… Será que ninguém se insurge contra esta difusão da mentira da ditadura do politicamente correcto só porque os que assim agem não são europeus? Que mordaças invisíveis nos querem colocar? Que visão deturpada nos querem impor e sobretudo aos nossos filhos?

Que espécie de culpa deverão os europeus expiar para poderem dizer que as suas pátrias estão a ser atacadas por aqueles que não se identificam com o seu modo de vida, a sua cultura, a sua música, os seus comportamentos, etc…? Que comunidades de número significativamente relevante querem impor nos vários estados da Europa modelos exógenos que são contrários aos valores europeus? Não será isso um novo colonialismo? Será este legítimo? Deverá o mesmo ser suportado? Não se justificarão os, ainda que meramente ideológicos, “movimentos de libertação”?

Por mim, quando não me sinto integrado num determinado local com o qual me não identifico, abandono-o, não o parto ou incendeio… Nem a mim seguramente me seriam permitidas tais “liberdades”. Cada vez mais há, nesta ditadura em que vivemos (serão saudades do tempo do famigerado Salazar?), coisas que não podem, nem devem ser ditas, qual foi então a “grande conquista” relativamente à grande “noite negra do fascismo”? Como me dizia o meu avô referindo-se aos tempos da 1ª República: “quando ouvires gritar na rua «Viva a Liberdade» espreita e vê quem vai preso…” e cada vez mais isto é verdade…

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3 Comments:

Blogger RM said...

Face à invasão, só a resistência é legitima.

Saudações

sábado, 08 agosto, 2009  
Blogger None said...

Prof. HNO, em primeiro lugar agradeço a gentileza de ter adicionado o Mos Maiorum à sua lista de ligações.

«A Europa está hoje a ser colonizada, é preciso dizê-lo sem receios,»

O meu entendimento de colonização não equivale ao sentido de invasão que o autor deste postal pretende dar. Colonizar começa por ser um cultivo, um desenvolvimento, de uma terra destacada do Centro, que mais tarde integra as relações estratégicas de um império. A imigração na Europa não está a cultivar coisa nenhuma, ao contrário do labor que os portugueses levaram para outros continentes aquando dos Descobrimentos.

«Que comunidades de número significativamente relevante querem impor nos vários estados da Europa modelos exógenos que são contrários aos valores europeus? Não será isso um novo colonialismo?»
Não. Não é um novo colonialismo. Pode-lhe chamar sabotagem se o fenómeno migrante for orquestrado pelos governos de origem.

Onde pode haver traços de colonialismo TALVEZ seja a nível económico. Há grandes senhores da guerra africanos que estão a investir na nossa Economia e, possivelmente, a médio ou longo prazo, dela serão donos.

«Por mim, quando não me sinto integrado num determinado local com o qual me não identifico, abandono-o, não o parto ou incendeio…»
Pois não. Mas você é uma pessoa civilizada...

«Cada vez mais há, nesta ditadura em que vivemos»
Qual ditadura? Vivemos em plena democracia. Pode é não ser a democracia que alguns idealizam...
Mas basta ler a obra de Ostrogorski para vir logo ao de cima um facto inevitável: a democracia dos partidos nunca foi boa. No final do século XIX e no início do século XXI continua a ser uma enxerga podre cheia de percevejos.

terça-feira, 11 agosto, 2009  
Blogger Humberto Nuno de Oliveira said...

Tem razão o atento leitor, todavia remeto-o para a vulgata da conotação de "colonização", no sentido pejorativo curriqueiro e não no sentido civilizacional que foi o nosso!

terça-feira, 11 agosto, 2009  

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