26 março 2010

A INVERSÃO DE VALORES

Recebi por "e-mail" esta carta que é apresentada como verídica (mas se não o fôr é absolutamente plausível neste nosso país de pernas para o ar), com a qual concordo e apresentada como "Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um noticiário na TV:De mãe para mãe..."
Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão de Custoias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi-a queixar-se da distância que a separa agora do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os média deram ao seu problema, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...
Eu também sou mãe e, por isso, posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, o meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério...
Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei a pagar de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só... Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos"!!!

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1 Comments:

Blogger Flávio Gonçalves said...

A versão que recebi deste e-mail veio-me do Brasil e decorria em São Paulo.

sábado, 27 março, 2010  

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