10 março 2010

SREBRENICA... E O RESTO?

Continua a farsa, travestida de Tribunal Penal Internacional da ex-Jugoslávia, onde, como é frequente na história, prevalece a história dos vencedores fazendo-se tábua rasa dos direitos e verdade dos vencidos. Que os conflitos étnico-religiosos nas guerras balcânicas provocaram numerosas vítimas, dando lugar a excessos sempre presentes na guerra (desde que ela existe), de parte a parte, não é segredo para ninguém. O que é injusto, iníquo e contra o direito é que, numa guerra, se vejam apenas crimes de um dos lados da contenda, gozando o outro campo de total impunidade e apresentando-se, exclusivamente, como vítima... Sobretudo quando, fruto de desígnios ínvios, forças tenebrosas decidiram acabar com um estado soberano a que imputaram todos os males.
No julgamento (ou será meramente a aplicação da lei de Lynch, disfarçada de aplicação do direito?) de Radovan Karadzic (antigo líder dos sérvios da Bósnia) este afirmou em sua defesa que o massacre de Srebrenica e o cerco de Sarajevo (as suas duas maiores acusações), se devem considerar actos de legítima defesa, num momento em que os sérvios já haviam feito todas as possíveis concessões para poderem coabitar com os muçulmanos bósnios que a todo p transe pretendiam a criação de um estado islâmico, reiterando como justa e sagrada a sua causa e acusando os bósnios de pretenderam recuperar o poder do império otomano.
Acusou, mostrando fotografias, os bósnios de plantarem corpos em lugares atacados nomeadamente num mercado para onde foram transportados cadáveres para simular um ataque sérvio. Aliando estes dados à limpeza étnica contra a minoria sérvia (que todos pretendem apagar), por parte dos bósnios, se este julgamento fosse sério ainda se viraria o "feitiço contra o feiticeiro", mas como não é, os "culpados" estão encontrados, falta apenas a pena...
Vae victis!

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1 Comments:

Blogger José Domingos said...

Uma intervenção da nato, sem autorização de ninguém. A independência do tpi, ajudado por decobertas demasiado "espontâneas" dos elementos da kfor ( lado inglês)de valas comuns.
Que tribunal aplica sanções, e julga um dirigente de um país,pelas violações cometidas em guerra, tribunal esse criado pela onu, a mesma que não autorizou, a intervenção militar contra a Sévia, bombardeada pela nato, durante setenta e oito dias, sem declaração de guerra. É a moral dos vencedores.

sábado, 13 março, 2010  

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