17 junho 2010

"BLOODY SUNDAY FOI CRIME!

30 de Janeiro de 1972, uma manifestação pacífica a favor dos direitos civis e contra o governo ocupante, na zona de Bogside, na cidade de Derry (Irlanda do Norte) é disolvida pelo 1º Batalhão do Regimento de Paraquedistas do exército britânico. Da despropositada demonstração de força resultaram 14 mortos e 26 feridos. Foi o famoso "Domingo Sangrento" (em gaélico Domhnach na Fola ou "Bloody Sunday" em Inglês). Das iniciais treze vitimas mortais (uma faleceu de ferimentos alguns meses depois), seis eram menores de idade, todas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas.

Pacificamente os manifestantes protestavam contra a política do governo unionista de prender sumariamente os suspeitos de actos terroristas, política dirigida contra o Exército Republicano Irlandês (IRA), organização que desde 1970 lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha com vista à posterior integração na República da Irlanda. Ironicamente após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um crescente número de jovens voluntários, tornando-se ainda mais forte.


As investigações realizadas pelo Governo britânico no rescaldo do evento, ilibaram em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi sempre considerado por muitos como um mero branquamento. O inquérito Saville, criado em 1998 para analisar os acontecimentos (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou o seu relatório final: as conclusões foram as há muito esperadas tratou-se de um bárbaro crime "injustificado e injustificável" e o governo britânico já pediu publicamente desculpas.


Felizmente ainda há países onde as investigações funcionam, doa a quem doer...

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