A denominada "socialite" (seja lá isso o que for...), igualmente conhecida por ser herdeira do império Hilton, de seu nome próprio Paris, já nos habituou a quase tudo: de protagonista de filmes pornográficos, a andar habitual, e socialmente, sem cuecas, a escândalos sexuais em locais públicos tudo se tem presenciado sempre com a omnipresente presença da imprensa que vive destes fenómenos exibicionistas, hedonistas e símbolos de uma sociedade de consumo completamente abastardada que se alimenta, numa crescente autofagia, destes entes assumidos como quase modelares. Embora com consumidores ávidos e atentos, manda a verdade que se diga...

Menina de "pergaminhos", dizia, Paris já nos presenteou com toda a série de comportamentos que, noutros tempos, seriam classificados no para lá de muito mais que menos próprios...

Não se regista ou consta, porém, que para além da curiosidade, manifestamente desviante (quase mórbida) qualquer crítica veemente tenha sido feita à criatura sempre se atenuando os comportamentos e propósitos, menos do que próprios, como se disse. Verifica-se até uma certa complacência com tais comportamentos, até agora.

Na realidade, apanhada num barco em Saint Tropez a fazer a saudação "nazi" (não é, obviamente, aqui o local nem o espaço para discutir a origem nem a simbologia de tal antiga saudação), foi de imediato imolada pelos "media" tendo o seu porta-voz imediatamente sido obrigado a negar as evidências, dizendo tratar-se apenas de uma dança de braço no ar...

Paris Hilton incorreu na suprema heresia, na proscrição mais absoluta, na mais abominável das ofensas à moral e aos bons costumes ao fazer a saudação "nazi". É mais um símbolo deste mundo aviltante e abastardado em que vivemos. Alguém que vive na ribalta, que é apresentado como modelo pode ser vista a mostrar toda a intimidade, mesmo as mais inimagináveis, assumir comportamentos socialmente reprováveis, não pode é, obviamente, fazer em público a proscrita saudação...

São os "valores" destes tempos meus amigos, são os "valores"...

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