12 novembro 2010

AMIGO QUE MUITO CONSIDERO...

Deixou a seguinte mensagem a um postal anterior:
Não me leves a mal. Mas o problema é mesmo este: os nacionalistas, em Portugal, são as pescadas de rabo na boca. Em circuito fechado. Falam para dentro. E, porque quiseram jogar com as regras dos "outros", ainda não perceberam que falam para o umbigo. Por isso mesmo, não passarão da cepa torta enquanto não falarem para "fora". Ser-se Português, conscientemente, não implica ser-se nacionalista. É uma visão demasiado redutora, como bem o sabes. Ser-se patriota, é mais difícil: implica conhecer e amar a sua pátria, coisa que a maior parte dos nacionalistas portugueses nem sabe o que é. E não sabe porque vive enredado em chavões ideológicos redutores, ofensivos da fruição estética e do bom-senso, que em nada contribuem para o engrandecimento da pátria, esse sim, o objectivo supremo de quem ama Portugal.
Mas enfim, não se pode pedir tudo...
Enquanto os PNR, OP MN....o que quiseres, não perceberem isto, enquanto não pararem de osteracizar pessoas pela diferença e enquanto não pararem de ostracizar a arte por causa do preconceito ideológico, não haverá nacionalismo possível entre nós. Aliás, uma achega: nacionalistas, são aqueles que têm mesmo uma necessidade premente de afirmar a nação. Nós, portugueses, não o precisamos. Somo-lo há milénios. Não é de agora.
Abraço grande de um admirador. Sincero, como bem o sabes. Apetece-me andar "à bulha" com os "nacionalistas".
Querem comentar? Confesso que a discussão entre patriotismo e nacionalismo é algo que importa aprofundar e aclarar...
Que tal começarmos a fazer "doutrina" e a trabalhar?

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1 Comments:

Blogger Pedro said...

"nacionalistas, são aqueles que têm mesmo uma necessidade premente de afirmar a nação. Nós, portugueses, não o precisamos. Somo-lo há milénios. Não é de agora."

Os oito séculos de história de um País não o tornam imune a ataques variados, de dentro e de fora, à sua soberania. É essa soberania que deve preocupar o nacionalista português e as manifestações da identidade nacional devem ser conhecidas e estudada pelo patriota.
Os mais de 8 séculos de História deram-nos um ecumenismo diferente ao de outros povos. Já fomos uma nação multirracial e multicontinetal. Hoje temos de estar confinados a uma realidade essencialmente europeia com uma ou outra ambição atlântica mal definida. Como tal os problemas e preocupações da Europa são as nossas. A mundialização da cultura e de uma mentalidade materialista e a desregulação da autoridade soberana quanto ás fronteiras e às nacionalisdades criou problemas tão imensos que dão sentido à necessidade de um nacionalismo português. Quanto mais transversal este for aos partidos, aos sectores da sociedade e às regiões melhor será. Contudo, só um partido poderá criar a capacidade de mobilização suficiente para no mínimo agitar consciências. Apesar de muito defeitos e lacunas ideológicas e culturais, entre as quais destaco da parte de alguns membros uma afeição irracional ao nacional-socialismo e ao paganismo, tem sido o PNR que mais se tem esforçado e trabalhado com o zelo necessário para a criação de um sentimento nacionalista que faça frente aos problemas que existem e se estão a agravar.
Quanto a guerras e questiúnculas internas e essa tal coisa do "ostracismo", nada sei, nada percebo e nem quero. Só posso apelar a "juizinho, unam-se e não se dividam, pois (ainda) somos muito poucos".

sexta-feira, 12 novembro, 2010  

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