17 janeiro 2011

ICONOCLASTA!

Cuidava eu, desde menino e moço (que não a menina do Bernardim...), uma vez que o "single" saiu em 1967, contando eu poucas primaveras então, que a fabulosa "A Lenda de el-rei D. Sebastião" do Quarteto 1111 recuperava uma lenda querida, de um não menos querido Rei da nossa História: El-Rei D. Sebastião e do fenómeno que ficou associado à sua prematura morte em batalha em defesa da cristandade contra o avanço do Islão - o Sebastianismo (embora, em bom rigor, a lenda "sebastianista" fosse mesmo anterior à sua vinda terrena, mas aí teríamos que percorrer as metamorfoses do "Desejado" ao "Encoberto" e isso são contas de outro rosário... e de outro local).
Li, porém, no "Diário de Notícias" de 15 de Janeiro as declarações de um dos membros daquela banda, Tozé Brito, dizendo: Cantávamos [no Quarteto 1111] um D. Sebastião que o povo português aguardava. Estava tudo à espera que alguém acabasse com a ditadura.
Afinal era isso? E assim se destroi a minha ilusão de tantos anos! Afinal era música de intervenção contra o "fassismo"...
Mas pensando melhor ainda vou, quando for à Chamusca, perguntar ao José Cid se é esta mesmo a versão oficial... só cá por coisas...

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