05 junho 2011

UMA ANÁLISE

Com o dados até agora disponíveis (faltam os relativo às 2 freguesias que não votaram no distrito de Viseu e os votos dos círculos da Europa e do Resto do Mundo), o PNR obteve o seu melhor resultado de sempre tendo aumentado, relativamente à eleição de 2009, 6006 votos.

Dirão alguns que ainda é pouco. Seguramente que sim, desejaria eu que fossem muitos mais, mas mesmo assim é um crescimento significativo (muito longe, porém, dos 50 milhares das subvenções que poderiam dar outra pujança ao partido).

Tirando o PCTP/MRPP que já se asumira como a sexta força em Portugal e que aumenta a sua votação, o surpreendente PAN (cuja utilidade pesoalmente questiono mas que saúdo no seu presidente, Prof. Paulo Borges, meu amigo de juventude, que nos meios mais comopolitas conseguiu captivar significativos votos), que passou para lá da marca da subvenção com quase 58.000 votos, o MPT que recupera claramente da trágica opção de coligação com o PH nas últimas eleições e finalmente o MEP do tenebroso e de má memória Marques (que mesmo assim perde quase 4.000 votos) o PNR lidera a lista das restantes sete forças políticas concorrentes. É um crescimento lento, mas inegável, com alguns indicadores de interesse nalguns distritos (para além de Lisboa, justo é referir Faro e Setúbal).

É pena que o método de Hondt não permita a representação de mais forças no par(a)lamento, uma vez que as votações dos dois partidos acima do 1% o justificariam plenamente e tal muito contribuiria para uma maior e desejável pluralidade e para abater a pentomania que apresenta apenas os "5 dourados" como verdadeiras propostas e destes apenas dois como alternativas...

Na generalidade verificou-se a esperada e tenebrosa rotatividade (que daqui a pouco tempo encontrará o país a vociferar contra os ora eleitos) e a lógica do voto (in)útil que deixará o país exactamente na mesma.

A abstenção recorde espelha desencato mas sobretudo desinteresse, pois alternativas para todos os gostos se apresentaram a estas eleições e os eleitos seriam-no ainda que votasse apenas um português. Uma boa solução para as finanças depauperadas seria introduzir a obrigatoriedade do voto. Já imaginaram a boa maquia que hoje teriam realizado?

Etiquetas: