13 julho 2011

UM ERRO RECORRENTE

Insistentemente instado a falar sobre o que ocorreu no Conselho Nacional do PNR do último Domingo no qual se registaram diversas demissões, entre as quais a minha e guardando no essencial a reserva que sempre mantive – e manterei – quanto a assuntos internos do partido (mesmo que outros não o façam e me visem, na maior parte das vezes a coberto do cobarde “Anónimo”), alinharei algumas considerações genéricas que, espero possam servir ao ”reacertar de agulhas”.


- A crise que grassa no PNR é uma crise de estilos e de rumos. Há mais de um ano que, na sequência da Convenção Nacional de Janeiro de 2010, e das moções nela aprovadas, inúmeros Conselheiros entendem que as mesmas não só não foram implementadas como, nalguns casos, foram completamente esquecidas e abandonadas pela Comissão Política Nacional.


- Uma delas “Uma Primavera para Portugal”, pretendia que o partido, através de um conjunto de iniciativas mais vastas, se aproximasse de pessoas que, comungando com os nossos valores, por diversas razões achavam que o PNR estava «queimado» ou quanto a ele manifestavam algumas reservas. Fundamentalmente, e em consequência, os promotores da moção defendiam a realização directa e pró-activa de sessões de esclarecimento e divulgação em número crescente, após a necessária clarificação programática dos princípios e objectivos do PNR. Esta clarificação, essencial e prévia a tudo o mais, nunca viria a ser feita, apesar de prevista para discussão no Conselho Nacional. Em vez disso, verificou-se o bloqueio efectivo e a supressão pura e simples de qualquer referência à devida reorientação política, isto é, nenhuma discussão e nenhuma acção política - nem interna nem externa - produtiva e digna de relevo. Ante a ilegítima intransigência da CPN e todo um cortejo lamentável de acusações torpes e infundadas nos blogues “Terra Portuguesa”, tal veio a traduzir-se na formalização do MON que, enquanto estrutura, sempre apoiou o PNR nos diversos actos eleitorais embora, naturalmente, divergindo com o rumo definido pela CPN do PNR e mantendo a sua agenda própria.


- Uma cultura muito própria de certa direita radical conduziu a um infantil maniqueísmo – nós os bons, eles os maus – do relacionamento que veio a degradar o próprio entendimento pessoal (com algumas culpas assacáveis a uma certa arrogância e prepotência por parte de certos elementos da CPN). A cultura de que os dirigentes são o Partido e não que os dirigentes são do partido, agravou a situação. Atacando-se o estilo dos dirigentes, suas opções e condutas ataca-se, entende-se, o partido. Neste momento extingue-se toda a liberdade de expressão interna que conduziu, por exemplo, à aprovação de novos Pontos Programáticos exclusivamente discutidos em sede de CPN.


- Daqui às perseguições directas e aos atropelos à legalidade interna foi um pequeno passo. Pequeno para os dirigentes mas grande para a dignidade de quem não quer assumir tais desacertos.

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1 Comments:

Blogger José Domingos said...

É necessário a união de todos os nacionalistas portugueses. O PNR poderá se esse elo, agora não acredito nesta CNP. A direita, que eu acredito, é muito abrangente, mas TEM de ser um exemplo, de todos para todos, vindo o exemplo, de cima. Para fazer cumprir, tenho de cumprir, primeiro.

quarta-feira, 13 julho, 2011  

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